Por gabriela.mattos

Rio - Para tentar garantir votos de outros partidos contra o impeachment, Dilma Rousseff deverá retirar dois dos seis ministérios do PMDB. Os ministros peemedebistas contrariaram a determinação partidária e decidiram permanecer no governo. O gesto fortaleceu a presidente, mas dificultou a ampliação da base governista.

Peemedebistas insistem em ficar com o Ministério da Saúde, que havia sido oferecido ao PP. Integrantes do partido já admitem perder as pastas de Aviação Civil e Minas e Energia.

Mais um para o PSD
O deputado Ricardo Barros (PR) é o favorito do PP para ocupar um ministério. A pasta do Turismo, vaga desde a saída de Henrique Alves (PMDB-RN), deve ir para o PSD: apesar de o partido comandar o Ministério das Cidades, muitos de seus deputados ameaçam votar pelo impeachment.

Ida para o PR
Kátia Abreu ficará na Agricultura, mas negocia sua ida para o PR — na quarta, uma comissão de mulheres deputadas do partido a convidou para trocar de legenda.

Foco nos indecisos
O PR é um dos alvos preferenciais do governo. A deputada Clarissa Garotinho diz que, dos 40 integrantes da bancada, 16 estão com a oposição — ela, inclusive — e 13 defendem Dilma. Segundo Clarissa, o governo tenta convencer os indecisos a não aparecer no plenário no dia da votação da abertura de processo contra a presidente. Isso, para dificultar a obtenção dos 342 votos necessários para aprovar o pedido.

Mal-agradecido
Tem gente no PMDB-RJ irritada com Luís Roberto Barroso que, em conversa com estudantes, criticou integrantes do partido. Peemedebistas do estado como Sérgio Cabral fizeram campanha para que ele chegasse ao STF.

Aperto nas UPAs 
A Secretaria de Saúde aperta as Organizações Sociais responsáveis pelas UPAs. Reduziu de R$ 1,9 milhão para R$ 900 mil os repasses mensais para a manutenção das unidades. Com isso, haverá redução de serviços, como o atendimento odontológico 24 horas.

Consulado
O Conselho de Administração do Previ-Rio aprovou proposta de venda, por R$ 180 milhões, de dois terrenos na Cidade Nova onde será construída a nova sede do Consulado dos Estados Unidos. Uma das áreas é do instituto de previdência dos servidores; o outro, da prefeitura. Para viabilizar o prédio seria vendida também a área onde fica a Rua Herbert de Souza (nome de registro do sociólogo Betinho).

Sem licitação
A vereadora Teresa Bergher (PSDB) reclama: diz que a transação teria que ser aprovada pela Câmara Municipal. Cobra também licitação para a venda.

Sem atestado
Reinaugurada sábado, a Lona Cultural de Bangu está com a documentação exigida pelo Corpo de Bombeiros vencida há um ano e três meses. A prefeitura diz que todas as exigências foram atendidas e falta apenas receber o certificado.

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