Por gabriela.mattos

Rio - Para o deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), a realização de eleição direta para presidente ainda neste ano tem chance de conquistar apoio popular. “Isso (a proposta) cresce independentemente do PMDB”, diz. Segundo ele, é possível que haja uma “pressão popular nesse sentido”.

Como o Informe publicou no sábado, a ideia vinha sendo discutida entre governistas que admitiam a possibilidade de a Câmara dos Deputados autorizar o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Os defensores da proposta afirmam que Michel Temer não tem legitimidade para governar.

Emenda
Seis senadores de diferentes partidos (Rede, PT, PSB e PPS) decidiram propor emenda à Constituição para antecipar a eleição presidencial. O Psol, segundo o deputado estadual Marcelo Freixo, concorda com a ideia. “Aceitar Temer é aceitar o golpe. Assim, o melhor seria fazer nova eleição em 2016”, afirma.

O vice rejeita
Temer, claro, não quer saber disso. “Agora que eles (o PT) estão perdendo, querem mudar as regras. Não está na Constituição. A chance de aceitarmos isso é zero”, ressalta um amigo do vice-presidente.

PSDB contra Cunha 
Por falar em Otavio Leite. O deputado afirma que o PSDB não vai abrir mão de trabalhar pela cassação do mandato de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, aliado dos tucanos na briga pelo impeachment. “A pressão por essa medida já foi identificada pelo partido”, frisa.

Filiações
O Psol, que votou com Dilma, comemora: ontem, recebeu centenas de pedidos de filiação.

Indiciado no Rio
Ruy Muniz, o prefeito de Montes Claros preso ontem pela Polícia Federal, havia sido indiciado pelo deputado Robson Leite (PT) na CPI das faculdades privadas. Muniz é casado com a deputada Raquel Muniz (PSD) que, domingo, votou pelo impeachment e elogiou a atuação do marido.

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