Por gabriela.mattos

Rio - Na próxima semana, bancadas de partidos governistas na Câmara dos Deputados, especialmente a do PMDB, vão apresentar a Michel Temer a fatura pelo apoio à sua ascensão à Presidência. Definidos os ministérios, a briga agora é pelos cargos de segundo escalão.

O apetite dos peemedebistas é grande: com a troca de governo, o partido, que tinha sete ministérios, ficou com seis. Como compensação, exigem posições estratégicas em pastas como a da Saúde, perdida para o PP.

O sem-cargo
Um dos que mais se queixam é o deputado José Priante (PA), que controlava cargos na Saúde e no Porto de Santos.

Dependência
O presidente em exercício depende do Congresso para aprovar medidas duras, como as que mexem na aposentadoria e na legislação trabalhista. Foi para não perder o apoio do grupo liderado por Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, que ele entregou a liderança do governo a André Moura (PSC-SE).

Pasta esvaziada
Ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE) recebeu de Temer o recado para pisar leve no acelerador. Eventuais mudanças nos setores de energia elétrica e de petróleo serão decididas pela Presidência da República.

Sabe tudo
E não foi só José Serra, ministro das Relações Exteriores, que andou dando palpite no quintal alheio. Em reunião ministerial, o titular da Justiça, Alexandre de Moraes, não gostou quando o colega da Defesa, Raul Jungmann, corrigiu o número que ele apresentara relacionado aos integrantes da Força Nacional já convocados para trabalhar na Olimpíada. 

Segurança
Para evitar problemas, Leonardo Picciani, ministro do Esporte, pediu ajuda ao Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle e ao Tribunal de Contas da União. Quer que ambos indiquem, respectivamente, nomes dos responsáveis pelo controle interno e pela autorização de despesas.

Mãos de tesoura
Novo secretário estadual de Educação, Wagner Victer não diz se fará cortes. Mas lembra que, na presidência da Faetec, demitiu 3.800 pessoas, “quase a meta do governo federal”.

Ordem unida
Apesar da articulação do PT para lançar Jandira Feghali (PCdoB) à prefeitura, setores do partido tentam criar uma frente de esquerda. Articulam para o dia 3 encontro em que tentarão convencer o Psol e a Rede a entrar no projeto.

Aviso prévio
Francisco Dornelles evita repetir um dos erros de Pezão: chamou os presidentes da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, e do Tribunal de Justiça, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, para conversa, segunda, em que apresentará os cortes de despesas.

Você pode gostar