Por nara.boechat

Rio - A Polícia Civil prendeu, no início da tarde desta terça-feira, o acusado de estuprar uma mulher durante um assalto em um ônibus da linha 369 (Bangu x Carioca), na última sexta-feira, dia 3. Os agentes localizaram o homem em uma casa em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Segundo as primeiras informações, o suspeito tinha pedido ajuda ao padrastro para se esconder. A mãe, no entanto, acabou denunciando o filho, após ser convencida por agentes. A vítima do crime foi até a 17ª DP (São Cristóvão) para fazer o reconhecimento.

O Disque-Denúncia (2253-1177) já tinha recebido, até o meio-dia desta terça-feira, 14 ligações sobre o caso. As informações recebidas foram encaminhadas para a 17ª DP (São Cristóvão). Nesta segunda-feira, a polícia divulgou imagens do estuprador gravadas pela câmera do ônibus.

O Disque-Denúncia (2253 - 1177) oferecia R$ 2 mil por informações que levem à prisão do estuprador. O Instituto de Segurança Pública (ISP) registrou mais de 16 casos de estupro por dia nos três primeiros meses do ano. Foram 1.503 ocorrências no estado em 2013.
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Avenida Brasil
As imagens mostram o criminoso embarcando no ônibus, na Avenida Brasil, na altura de Realengo. Ele assaltou os passageiros, obrigando-os a ficarem na parte de trás do veículo.
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O estupro aconteceu no espaço reservado a pessoas com necessidades especiais, e durou cerca de 6 minutos. O bandido saltou na Perimetral.
A reportagem da BBC lembrou do caso da americana estuprada numa van, em março, e o acidente de ônibus que caiu de viaduto na Avenida Brasil no dia 2 de abril.
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A vítima do estupro é casada e mora em Bangu. Nesta segunda-feira, ela descreveu os momentos de terror, à TV Globo: “Ele levantou e foi para o meio do ônibus, anunciou o assalto e mandou todo mundo ir para o fundo. Pegou na minha mão e e disse ‘vamos aqui na frente’. Sentou, mandou eu sentar ao lado dele começou a colocar a arma nas minhas costelas. Ele bateu seis vezes com o revólver na minha cabeça”. Uma das testemunhas relatou ao DIA o que viu.
“Ele estuprou ela na frente de todos, de forma fria, aparentando não sentir a menor preocupação”.
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Polícia "mete a colher" contra a violência
Segundo o Dossiê Mulher, divulgado ontem pelo ISP, a capital e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, lideram o índice de estupros e tentativas. A maioria dos delitos é praticado no espaço doméstico e no ambiente familiar.
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“É importante que as mulheres denunciem os casos de violência doméstica e sexual para que a Polícia Civil possa investigar e tomar as medidas cabíveis, evitando assim que outras mulheres se tornem vítimas”, explicou a chefe de Polícia, delegada Martha Rocha.
Para divulgar o telefone do Disque-Denúncia entre vítimas e possíveis alvos de violência doméstica e sexual, a Polícia mandou fazer folhetos em forma de colher distribuídos nas delegacias. É o programa "Em Briga de Marido e Mulher, a Polícia Civil Mete a Colher".
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“A denúncia também pode ser feita por terceiros. É como está no material de divulgação: a Polícia Civil mete a colher sim”, ressalta Martha Rocha.
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