Por gabriela.mattos

Rio - Diante de cenas de violência, moradores de favelas de todo o país utilizam seus celulares para postar denúncias nas redes sociais. Mas o que fazer quando a rede de celular não é boa? E quando não se possui um smartphone? Denuncia mesmo assim. Como? Através do Vojo, tecnologia desenvolvida pelo renomado Massachusetts Institute of Technology, MIT, em 2008, e trazido para o Brasil pelo Instituto Mídia Étnica, em 2012.

Vojo é uma tecnologia desenvolvida pelo renomado Massachusetts Institute of Technology, MIT, em 2008, e trazido para o Brasil pelo Instituto Mídia Étnica, em 2012Divulgação

O usuário pode telefonar ou enviar mensagem de texto ou de mídia para um número gratuito, disponibilizado pela ferramenta. A informação é enviada para os servidores do MIT, que processam e publicam a denúncia ou informação. “Quem não possuir internet, pode ouvir as publicações através do mesmo telefone”, afirma Paulo Rogério Nunes, diretor do Mídia Étnica, que trabalhava no MIT e trouxe a tecnologia ao Brasil.

Vojo no Brasil 1

Segundo Paulo Rogério, 150 comunidades já receberam capacitação na tecnologia Vojo, desde 2012, entre elas, o Voz das Comunidades, projeto de Rene Silva, do Complexo do Alemão. “O Vojo serve tanto para denunciar guerras de fazendeiros quanto a violência policial no Rio de Janeiro”, conta Paulo. “É uma conexão com o mundo, uma ferramenta de jornalismo cidadão.”

Vojo no Brasil 2

Se o Vojo já é uma ferramenta audaciosa, os planos que o Mídia Étnica tem para a ferramenta são ainda maiores. Segundo Paulo, o instituto está procurando programadores para ajudar a aprimorar o Vojo. “Nosso sonho é que ele seja um Linux, que os jovens se apropriem dele”, conta Paulo, que almeja que podcasts do Vojo sejam utilizados até pela Rádio Nacional.

Oficinas gratuitas no Terreirão

A Casa de Artes Terreirão (CAT) comemora 11 anos de atividades com oficinas gratuitas de edição de imagens, produção e sonorização de vídeos (a partir dos sete anos), música (de 10 a 16 anos), culinária (a partir de 14 anos), capoeira, teatro, dança e cuidador de idosos. As inscrições podem ser feitas na secretaria da CAT, das 13h às 18h, no Terreirão. Para mais informações ligue para: 2490-0847.

As visões pessoais de moradores da Rocinha participam do Memória Rocinha, projeto da Fundação Moreira Sales em parceria com o Museu Sankofa. O projeto, lançou alguns resultados ontem, e discute as transformações da paisagem da região e sua relação com a cidade.

AGENDA

Histórias na Maré
O grupo Os Tapetes Contadores de Histórias se apresentará na Biblioteca Pública da Maré, na quarta-feira. A ação procura transformar experiências do consumo.


Festival Home Theatre
O Festival Home Theatre continua neste fim de semana com apresentações em favelas e bairros do Rio. Informações pelo site: festivalhometheatre.com.br.

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