“Mais uma vez Nova Iguaçu inova nesta questão de tratamento adequado do lixo. Quando esta CTR não existia nós tínhamos um problema ambiental monumental que era o lixão de Marambaia, que era uma tragédia ambiental. O lixão acabou, a área foi descontaminada e esta CTR moderna foi implantada. Agora estamos gerando energia elétrica limpa”, afirmou o prefeito Rogerio Lisboa, que participou da inauguração acompanhado do vice-governador do Estado do Rio, Cláudio Castro, de autoridades do município, do estado e de representantes da empresa concessionária da CTR.
Para o vice-governador, a CTR de Nova Iguaçu é um exemplo de empreendimento econômico e sustentável. “O Meio ambiente é fundamental. Os órgãos de controle ambiental são fundamentais, mas tem que defender as causas ambientais sem prejudicar o desenvolvimento econômico. Esta planta que estamos inaugurando vai gerar energia limpa, barata, que vai fomentar o desenvolvimento de nosso estado”, afirmou Cláudio Castro. Segundo ele, o governo estadual vem dando celeridade aos processos de licenciamento ambiental para estimular o desenvolvimento econômico, sem perder de vista as causas ambientais.
O presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Claudio Dutra, também ressaltou a importância da geração de energia limpa pela usina. “Hoje há uma preocupação mundial na transição energética para energia limpa. Aqui é um exemplo de produção de energia limpa”, afirmou Dutra. Para ele, o acesso à energia e a um ar limpo é um direito fundamental do cidadão.
A unidade de geração de energia inaugurada é composta por 12 motores movidos a biogás de aterro sanitário. A usina opera 24 horas por dia, nos 365 dias do ano. Foram investidos no complexo gerador cerca de R$ 100 milhões. O biogás é o gás produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos do lixo. É um tipo de gás inflamável composto por vários gases, como o metano (CH4) e o dióxido de carbono CO2). O biogás passa por vários estágios na usina de geração de energia, até ser encaminhado para o sistema de aproveitamento energético.
A CTR de Nova Iguaçu foi o primeiro projeto do mundo aprovado através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), da ONU, de mitigação de gases de efeito estufa e venda de crédito de carbono. A energia produzida na CTR será comercializada no mercado para consumidores livres e em leilões de energia elétrica. Além do lixo de Nova Iguaçu, a Central de Tratamento recebe também resíduos de outras cidades da Baixada Fluminense, como Belford Roxo, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti, e de grandes empresas. A unidade começou a operar em fevereiro de 2003. O local tem capacidade para receber 5 mil toneladas diárias de resíduos.