Publicado 22/09/2021 09:00
Filha de Laíla, um dos maiores nomes da história do Carnaval, Laísa Lima já é figurinha carimbada no mundo do samba. Com uma consolidada carreira como ritmista, já tendo tocado na Beija-Flor, Grande Rio, Paraíso do Tuiutí e Vila Isabel, entre outras, ela assumiu um novo desafio: será a Mestra de Bateria da Império de Nova Iguaçu, escola que faz sua estreia no próximo ano, participando do Grupo de Avaliação, que desfilará na Estrada Intendente Magalhães, no Campinho.
Laísa é a terceira mulher a ocupar um cargo de Mestra de Bateria. Antes dela, Helen Maria ocupou o posto na Unidos do Uraiti e Thais Rodrigues comandou a bateria da Feitiço do Samba. Agora no comando da ‘Caçulinha da Baixada’, ela encara o desafio de peito aberto e pronta para espantar o preconceito e servir de inspiração para outras sambistas.
“Desde o momento que você assume tal responsabilidade, sendo homem ou mulher, você está ali para ser referência. Então eu estou segurando uma responsabilidade ainda maior por ser filha de quem eu sou e ser mulher, por que infelizmente rola um preconceito, mesmo que indiretamente. Você se sente sempre em um teste, sempre numa avaliação perante as outras pessoas. Para mim é um desafio incrível de poder bater no peito e poder falar ‘eu sou mulher e estou aqui’. Assim como eu tive outras referências de mulheres cantando, tocando, espero que seja uma oportunidade para mulheres que estão chegando verem que tem um espaço para a gente”, disse.
O convite para assumir a bateria da Império partiu do próprio Neguinho da Beija-Flor, que fundou a escola em abril desse ano, garantindo que havia espaço em seu coração tanto para a ‘Deusa da Passarela’, como para a ‘Caçulinha da Baixada’, tanto que escolheu o mesmo azul e branco de Nilópolis para a agremiação iguaçuana.
“Meu sonho sempre foi fazer música, tocar. Sempre ficava na arquibancada nos desfiles com a minha avó admirando a bateria. Tudo foi muito rápido. Quando cheguei no mundo do samba não tinha muita noção do tamanho, queria curtir, até mesmo quando era diretora. Quando apareceu o convite, não tinha como dizer não. É um novo desafio dentro do que eu amo. Ele (Neguinho) disse ‘vamo’, eu disse ‘vamo’”, afirmou Laísa.
Laísa é a terceira mulher a ocupar um cargo de Mestra de Bateria. Antes dela, Helen Maria ocupou o posto na Unidos do Uraiti e Thais Rodrigues comandou a bateria da Feitiço do Samba. Agora no comando da ‘Caçulinha da Baixada’, ela encara o desafio de peito aberto e pronta para espantar o preconceito e servir de inspiração para outras sambistas.
“Desde o momento que você assume tal responsabilidade, sendo homem ou mulher, você está ali para ser referência. Então eu estou segurando uma responsabilidade ainda maior por ser filha de quem eu sou e ser mulher, por que infelizmente rola um preconceito, mesmo que indiretamente. Você se sente sempre em um teste, sempre numa avaliação perante as outras pessoas. Para mim é um desafio incrível de poder bater no peito e poder falar ‘eu sou mulher e estou aqui’. Assim como eu tive outras referências de mulheres cantando, tocando, espero que seja uma oportunidade para mulheres que estão chegando verem que tem um espaço para a gente”, disse.
O convite para assumir a bateria da Império partiu do próprio Neguinho da Beija-Flor, que fundou a escola em abril desse ano, garantindo que havia espaço em seu coração tanto para a ‘Deusa da Passarela’, como para a ‘Caçulinha da Baixada’, tanto que escolheu o mesmo azul e branco de Nilópolis para a agremiação iguaçuana.
“Meu sonho sempre foi fazer música, tocar. Sempre ficava na arquibancada nos desfiles com a minha avó admirando a bateria. Tudo foi muito rápido. Quando cheguei no mundo do samba não tinha muita noção do tamanho, queria curtir, até mesmo quando era diretora. Quando apareceu o convite, não tinha como dizer não. É um novo desafio dentro do que eu amo. Ele (Neguinho) disse ‘vamo’, eu disse ‘vamo’”, afirmou Laísa.
O Carnaval de 2022 será o primeiro que Laísa passará sem a companhia do pai, que morreu de complicações decorrentes da Covid, em junho deste ano. Alguns dias depois, ela ainda perderia também a irmã Denize da Silva Ribeiro, que faleceu da mesma doença. No desfile do próximo ano, ela espera manter viva a chama de um dos maiores personagens do Carnaval.
“Eu não perdi meu pai sozinha. Ele não era apenas meu pai, era o Laíla, uma referência, ídolo de todas as pessoas que eu conheço no mundo do samba. São apenas três meses, quem olha de fora não imagina a dor e o vazio que é acordar todo santo dia e cair na real que perdi meu pai. Quando me chamaram para ser Mestra, a primeira pessoa que pensei foi ele e não poder contar pessoalmente. O legado existe e não é só meu, é de todos que trabalharam e conviveram com ele. Meu pai não estará presente de corpo, mas estará em cada um que ele tocou. Ele vai permanecer como o samba é”, completou.
“Eu não perdi meu pai sozinha. Ele não era apenas meu pai, era o Laíla, uma referência, ídolo de todas as pessoas que eu conheço no mundo do samba. São apenas três meses, quem olha de fora não imagina a dor e o vazio que é acordar todo santo dia e cair na real que perdi meu pai. Quando me chamaram para ser Mestra, a primeira pessoa que pensei foi ele e não poder contar pessoalmente. O legado existe e não é só meu, é de todos que trabalharam e conviveram com ele. Meu pai não estará presente de corpo, mas estará em cada um que ele tocou. Ele vai permanecer como o samba é”, completou.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.