Rio - Basta chover para que uma grande quantidade de acidentes seja registrada no Rio de Janeiro e na Região Metropolitana. Devido ao mau tempo, aumenta o número de carros nas ruas e também a procura pelos transportes de alta capacidade, como o metrô, o trem e as barcas. Motoristas enfrentaram 1h18 minutos, nesta manhã, na Ponte Rio-Niterói para fazer a travessia em direção à capital fluminense. Não foram registrados acidentes na via. Era excesso de veículos mesmo. De acordo com a Ecoponte, o fluxo era lento, por volta das 8h45, desde os acessos até a saída para a Avenida Brasil.
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Antes mesmo de acessar a Ponte, em Niterói, motoristas já enfrentavam congestionamentos. Na Cidade Sorriso, bolsões d'água foram registrados na Alameda São Boaventura. "Caos total. Está tudo parado. Impressionante". A mensagem foi enviada por um morador, que preferiu não se identificar, para o WhatsApp do DIA (98762-8248).
Também através do aplicativo de mensagens, um morador do município vizinho, São Gonçalo, enviou fotos da Rua Visconde Itaúna, no bairro Paraíso, completamente alagada. "Quando chove é sempre a mesma coisa", relatou. Às 9h, de acordo com a Autopista Fluminense, havia lentidão na BR-101, do km 311 ao km 322, nas regiões de São Gonçalo e Niterói, devido ao tráfego intenso em direção ao acesso à Ponte Rio-Niterói.
Dois mortos na Avenida Brasil
Ainda nesta manhã, graves acidentes foram registrados. Na Avenida Brasil, uma colisão envolvendo um caminhão deixou duas pessoas mortas e outra ferida, no trecho de Santa Cruz. O sobrevivente foi encaminhado para um hospital da região. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde. Equipes da Polícia Civil estão no local fazendo a perícia e duas faixas da pista sentido Rodovia Rio-Santos seguem interditadas, na altura do supermercado Extra.
Ainda na Avenida Brasil, outro acidente deixou feridos. Dois carros e um utilitário bateram na pista central, na altura do Caju, em direção à Zona Oeste. Três faixas chegaram a ficar interditadas. Segundo o Corpo de Bombeiros, das duas vítimas deste acidente, uma foi encaminhada com ferimentos moderados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Ainda não se sabe para onde a outra vítima foi levada. Outras duas pessoas recusaram o atendimento dos militares.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, somente na Avenida Brasil, por volta das 8h04, motoristas enfrentavam retenção entre Padre Miguel e Coelho Neto, de Irajá até Parada de Lucas, no trecho da Penha, de Ramos até Benfica, e no Caju, em direção ao Centro. Na Linha Vermelha, não ocorreram acidentes, porém o trânsito também ficou lento. Por volta das 6h51, as retenções ocorriam entre Vigário Geral e a Rodovia Washington Luiz, no trecho da Infraero e entre a Ilha do Fundão e o Cemitério do Caju, na pista sentido Centro. Uma hora depois, às 7h57, o engarrafamento era ainda maior. Ia da Rodovia Washington Luiz até o Centro.
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Na Grajaú-Jacarepaguá, já foram registrados dois acidentes nesta manhã na pista sentido Zona Norte. Um foi na chegada ao Grajaú e envolveu um carro de passeio. O outro aconteceu nas proximidades do Complexo do Lins. Ambos causaram retenção. Não há informação de feridos. Também houve acidente na Zona Sul. A Rua Humaitá foi liberada ao tráfego às 6h56, após uma colisão envolvendo um carro, na altura do nº 246, próximo à Rua Visconde de Silva, em direção a Botafogo. Também não se sabe se houve feridos.
Na Zona Norte, motoristas enfrentaram dificuldades na Radial Oeste, que apresentou retenção, a partir do estádio do Maracanã, em direção ao Centro. O mesmo panorama era registrado na Praça da Bandeira e no Viaduto de Benfica. Naquele bairro, inclusive, também houve lentidão na Rua Senador Bernardo Monteiro, mais conhecida como Rua dos Lustres.
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Sofrimento na Pavuna
Leitores reclamaram da superlotação do metrô nesta manhã. Na Pavuna, um usuário da Linha 2 flagrou a enorme fila na passarela de acesso à estação." Quem usa o metrô na Pavuna está revoltado com a falta de manutenção no entorno. Basta chover para ficar um caos! De quem é a responsabilidade de manter as passarelas de acesso ao metrô?", questionou um leitor, que preferiu não se identificar. Ele completou: "Com a chuva formam-se grandes poças de água impedindo o acesso normal da população. Alguém teve que improvisar uma madeira para o povo passar pelo grande aguaceiro. Resultado: perde-se no mínimo cinco minutos só tentando passar por um trecho que em tempo normal não levamos nem 20 segundos. Um absurdo e descaso com a população! Não estamos falando de obra, estamos falando de manutenção, que por sinal não existe a muito tempo na Pavuna", disparou.
Teleférico do Alemão abre mais tarde
Segundo a SuperVia, devido ao alerta de tempestade na Zona Norte, o funcionamento do Teleférico foi iniciado mais tarde, às 7h47 de hoje. "A medida visou a segurança de todos os passageiros", explicou a concessionária, que disse manter parceria com a empresa Climatempo, que lhe envia boletins e alertas sobre a velocidade do vento, nível de chuvas ou possibilidade de descargas elétricas. "Assim, as decisões podem ser tomadas com antecedência e a informação chega mais rápido aos passageiros", acrescentou. Em média, 9 mil pessoas usam o teleférico por dia nas comunidades do Complexo do Alemão.