Por nara.boechat

Rio - No começo, há quase meio século, era o ‘espeto corrido’. Estilo vindo das estradas paranaenses, no rastro de caminhoneiros famintos e apressados. As carnes se revezavam diante do prato, comilança variada a preço fixo.

E foi na Rodovia Presidente Dutra, no trecho de São João de Meriti, em 1968, que a Oásis começou como pioneira no serviço de rodízio, abrindo caminho para outras churrascarias onde o lema era a quantidade.

Nada com nome muito diferente de linguiça, filé, maminha ou alcatra deveria ser levado a sério. A picanha maturada não tardaria, invenção brasileira dos anos 1970.

A palheta de carneiro é uma das especialidades da casa%2C famosa pelo atendimento e sabor desde 1968. Onze anos depois%2C filial foi aberta na Zona SulPaulo Alvadia / Agência O Dia

E logo os motoristas de caminhão estavam dando lugar a empresários e famílias de maior poder aquisitivo nas mesas de restaurantes que passaram a se distinguir pela qualidade de seus cortes.

A Oásis, que em 1979 abriu filial em São Conrado, na Zona Sul do Rio, é a única que permanece também no local de origem, onde serve carnes argentinas e uruguaias até fora do espeto.

Não perca tempo e peça ao garçom o T-Bone, que a casa oferece com o corte grudado no osso, maravilha que reúne filé e contrafilé, ‘marmorizados’ em gordura, na mesa, mal passada e fatiada na frente do freguês.

O Chorizo e o Ancho, bifes argentinos e maturados, também fazem parte do rodízio que sai da churrasqueira de nove metros, a carvão, garantindo ponto e sabor distintos dos obtidos pelo calor elétrico ou a gás.

Outro corte diferente é o Porco Pururuca, trecho do lombo junto à costela traseira que vem no espeto com a pele crocante, um dos mais saborosos da casa.

A picanha pode vir aberta, no estilo borboleta, com alho, na chapa ou no espeto. Mais de três toneladas do corte são assadas por mês.

Além do bufê, que tem de bacalhau a comida japonesa, os acompanhamentos que se destacam na mesa são a polenta, a farofa com mais ovo que farinha, a salada temperada em vinagre de vinho e as batatas portuguesas, secas e crocantes.

Os mandamentos do bom carnívoro, porém, aconselham pegar leve nos acessórios e se dedicar à proteína animal. Estamos, afinal, num templo das carnes com histórias para contar no km 7,5 da Via Dutra.

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