Por rosayne.macedo

Rio – O Estado do Rio quer se firmar como polo para fabricação de equipamentos submarinos e prestadores de serviços para exploração de óleo e gás, especialmente na capital e em Macaé, no Norte Fluminense. Nesta terça-feira (7), será lançado o projeto de estruturação do Cluster de Subsea do Estado do Rio de Janeiro. A assinatura do convênio acontecerá a partir das 15h30, na sede da Firjan.

A iniciativa é da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O Cluster de Subsea reúne as empresas que já estão no estado e que atuam como fornecedores nessa área, além de visar a atração de outros empreendedores para se instalarem no Rio. Entre os equipamentos desse setor estão árvores de natal molhadas, cabeças de poço, manifolds (sistemas de conexão), umbilicais e linhas flexíveis.

Expectativa de crescimento

De acordo com a Sedeis, o projeto tem grande importância no cenário nacional, especialmente com a previsão da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) de que, em 2020, aproximadamente 44% dos equipamentos subsea no mundo estarão no Brasil.

Com as projeções de investimentos no pré-sal, as expectativas são de que pelo menos US$ 50 bilhões sejam investidos em equipamentos e serviços subsea nos próximos cinco anos. O Rio, onde se encontram as bacias de Campos e de Santos, será o estado beneficiado com a maior fatia desse investimento.

Dados do estudo Decisão Rio, da Firjan, mostram que o estado vai receber R$ 235,6 bilhões em investimentos privados de 2014 a 2016, sendo 60,7%, o que corresponde a R$ 143 bilhões, relacionados ao setor de petróleo e gás. Estima-se que, no estado, dobre, em cinco anos, o número de empresas da cadeia de suprimentos para equipamentos submarinos destinados à produção de óleo e gás.

Presença hoje

O segmento já conta com 35 empresas no Rio e pelo menos 80 em Macaé, entre os quais, grandes fornecedores mundiais, como a FMC Technologies, a GE Wellstream e a NOV. No Parque Tecnológico da Cidade Universitária da UFRJ, também já funcionam os centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Halliburton, da Schlumberger e da Baker Hugues.

Em Macaé, está instalado o maior parque de manutenção e reparo (aftermarketing) de operações offshore, com a presença de todos os fabricantes internacionais, além de empresas subfornecedoras da cadeia do segmento subsea, em grande parte, prestadores de serviços.

O principal objetivo do Cluster Subsea é a atração de investimentos e de empresas de serviços e equipamentos submarinos para se instalarem no estado, com foco na cadeia de subfornecedores tecnológicos, aumentando o conteúdo local destes equipamentos. Além disso, a integração da cadeia permitirá maior entrosamento entre possíveis subfornecedores para garantir o atendimento da demanda localmente e substituir parte das peças e equipamentos importados.

* Com informações da assessoria da Sedeis.


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