Por thiago.antunes

Rio - Os constantes alagamentos, em períodos de chuva, que afetam parte das empresas do setor de petróleo que atuam em Macaé, no Norte Fluminense, está com os dias contados. A prefeitura do município está terminando de construir dois canais de drenagem de águas pluviais, nas proximidades dos bairros de Imboassica e Parque de Tubos. Moradores e aproximadamente 50 empresas localizadas próximo dos canais serão beneficiados.

“Essas intervenções vão ampliar o escoamento das águas em período de chuva, evitando os alagamentos. Isso causava prejuízos às empresas offshore, que ficavam alagadas, e aos motoristas e moradores do bairro, pois o tráfego ficava mais lento”, explicou o prefeito Dr. Aluízio (PV). Segundo ele, essa drenagem é necessária também para ampliar a capacidade de vazão da Bacia de Imboassica.

Dr. Aluizio%3A além de construir dois canais%2C prefeitura investe na despoluição da lagoa%2C cartão postal da cidadeDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Com 440 metros de extensão, sete metros de largura e um metro de altura, o canal maior é direcionado para melhorar o escoamento das águas que atingem as empresas e começa depois da ampliação da Estrada Norte Sul. Além disso, recebe as águas do canal menor, que começa em Imboassica. “A Frank’s International cedeu para a prefeitura a área para a abertura dos canais, que ficam dentro do pátio da empresa. Todos esperam que essa obra beneficie a região”, destacou Dr Aluizio, ao lembrar que a prefeitura já investiu R$ 100 milhões em obras de saneamento básico na cidade.

O prefeito afirmou ainda que está em curso o projeto para despoluir a Lagoa de Imboassica. “Conseguimos reduzir a fonte de esgoto na lagoa. Antes, todas as residências jogavam seus detritos lá. Ou a pessoa tinha fossa ou estava conectada diretamente na rede fluvial. Agora, existe apenas um ponto de esgoto, que vem do Canal do Mulambo.”

A prefeitura está concluindo a terraplanagem para construir uma nova estação de tratamento na área, que deverá ficar pronta até o fim do ano. “A partir daí, não haverá mais despejo de esgoto em Imboassica. Assim, a lagoa vai se renovar com a entrada da água do mar, além da nascente e da água da chuva, reduzindo o índice de coliformes fecais.”

Resgate de um atrativo turístico

Com as obras de despoluição, a expectativa é que a Lagoa de Imboassica volte a ser um ponto turístico da região. “Há 30 anos as pessoas praticavam esportes aquáticos, andavam de pedalinho, velejavam. Algumas já voltaram a frequentar e a utilizar a lagoa, mas queremos que mais gente aproveite”, afirmou Dr. Aluízio.

A Secretaria de Ambiente começou a realizar coletas de amostras em três pontos distintos da lagoa para monitorar a sua balneabilidade. O trabalho seguirá até o final do verão, para verificar se as águas estão próprias ao contato primário. Desde março de 2013, com a Estação do Tratamento de Esgoto do Mutum, 60% das moradias dos bairros Morada das Garças e Vivendas da Lagoa e 30% do São Marcos e do Jardim Guanabara já estão ligadas à rede de coleta.

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