Por lucas.freitas

Angra dos Reis (Rj) -  O Agosto Cultural, programação de sucesso que teve sua estreia no ano passado, voltou com força neste ano. Com uma programação que dobrou, em relação a sua última edição, o projeto inclui mais de 60 atividades em cerca de 20 locais. A proposta é inserir o público na circulação e efervescência da cultura e do entretenimento. Na noite de segunda-feira, 3, a Casa Larangeiras abriu as portas para a exposição, que ocupará o primeiro piso durante todo o mês. A mostra “Tradição e Resistência” apresenta um pouco da intenção do projeto Agosto Cultural.

"Estamos trabalhando o conceito da tradição e da resistência das comunidades tradicionais. Aqui temos a cestaria indígena, o pescador caiçara, os tambores quilombolas e ainda um acervo que apresenta um pouco de cada religião. A ideia da interculturalidade está presente e pulsante nesta mostra", detalha Marcelo Ramos, curador da exposição.

Nas paredes da Casa Larangeiras, um casarão construído em 1822, sete máscaras africanas produzidas em papel machê pelos talentosos irmãos Felipe e Gustavo Valente vão dando cara à mostra. As telas são do artista plástico Júlio Garcia, que produziu mais de dez delas em acrílico, especialmente para a exposição.

No teto, como se caísse do céu, cestarias e adereços de palha produzidos pelos índios guarani da aldeia Tekoa Sapukai apresentam um pouco mais da cultura indígena. Os caiçaras angrenses também estão presente na mostra e são referenciados pela figura do pescador e seu zangareio repleto de pescado. Os tambores, presentes na exposição, apresentam a contribuição dos quilombolas e representam sua libertação.

Ainda na noite de abertura da exposição, que marcou também a abertura da programação do Agosto Cultural, a agenda foi tomada por música e teatro. Abrindo a noite, o multi-instrumentista Jorge Moreno Filho, mais conhecido como Etiópia, apresentou “O Tambor e Eu”, ao lado do aluno do projeto Unidos pela Música, Renan Magalhães. Na sequência, foi a vez do grupo Arteeiiros apresentar o espetáculo “A Cabaça da Existência”, que tem direção e dramaturgia assinada por Felipe Gustavo Barbosa e conta a história da criação do mundo segundo os orixás da umbanda.

A exposição Tradição e Resistência ficará aberta à visitação até o dia 26 de agosto. A Casa Larangeiras funciona todos os dias, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados, das 10h às 17h; e aos domingos e feriados, das 10h às 14h. A entrada é gratuita.

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