Por felipe.martins

Rio - Recentes publicações de organismos internacionais apontam que Campos está entre as 40 cidades mais violentas do mundo, equiparada à do México, a Campina Grande (PB) e a Maceió. Consequência direta da política imperiosa implantada pelo clã Garotinho com seu modelo ‘venezuelano populista’, que agora mantém reféns os menos favorecidos das classes D e E. Distribuem-se benefícios como vale-alimentação e tarifa de ônibus a R$ 1, em vez de fomentar o emprego e investir na Educação.

A crise econômica — aumento do desemprego, queda do preço do barril do petróleo, etc — tem sido a justificativa da prefeita para explicar o caos financeiro do município. Engana-se por não ter visão de que a crise era previsível, pois ciclos econômicos recessivos e de queda dos preços das commodities sempre estiveram aí há 50 anos. 

O preço do barril do petróleo em 1974 custava US$ 1,80. Passou para US$ 10. No segundo choque do petróleo, em 1979, bateu US$ 20 e em 1990 foi cotado a US$ 45. Em 2005, US$ 70, chegando a US$ 100, atingindo pico de US$ 145; hoje? US$ 33.

A prefeita omite que, de 2008 a 2014, Campos teve receita acumulada de RS 18 bilhões, superando cidades como Niterói e Santos, que hoje apresentam indicadores econômicos e sociais bastante avançados.

As prioridades do governo campista sempre foram de manter os mais pobres dependentes dos recursos da prefeitura, tornando-os presa fácil do voto para perpetuação do poder nos últimos 30 anos. Os indicadores da Educação e os gastos na pasta deixam evidente que o governo Garotinho não prioriza o ensino. O pacto de classe entre o governo e as elites egoístas da cidade do setor da construção também fotografa o fracasso do governo venezuelano dos Garotinhos. Do PIB do município, metade está no mar e é repatriada para matrizes das empresas que exploram os poços do petróleo. A consequência é a queda real do IDH, que coloca a cidade em níveis de grotões do Maranhão.

A esperança são as eleições de 2016 para prefeito e que a oposição chegue a um consenso de mudança com o slogan “Acorda, Campos” para evitar o holocausto de gerações futuras da população campista no letal mundo do crime.

Wilson Diniz é economista e analista político

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