Por thiago.antunes
Rio - A questão do emprego é prioridade e preocupação nacional. Não é possível que esta quantidade de brasileiros fique por mais tempo sem oportunidades. E os números não param de crescer. Mas, com uma política que estimule o investimento produtivo, na indústria, nos serviços e no comércio, muita coisa pode ser feita com vontade e coragem.
Uma mexida na legislação trabalhista naquelas questões que tornam o empregar no Brasil atividade de alto risco ajudaria muito na atração de investidores e nos aumentos da atual capacidade produtiva no país, oferecendo mais empregos.
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Tudo pode ser feito sem ferir os direitos inalienáveis, mas cortando o que a demagogia vem permitindo nas regalias que oneram a folha salarial. O absenteísmo é grande no setor público, sem descontos das faltas e registros na folha funcional. Muito difícil, por exemplo, o desconto de dias parados em greves.
A demissão sem justa-causa é muito questionada nos tribunais, assim como os impostos e direitos que o empresário só percebe quando demite. Desonerar a folha e simplificar a CLT é o caminho da recuperação. Um país como o nosso não deve passar de 5% a sua taxa de desemprego.
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Equacionar a continuação do programa de obras públicas não só atende à necessidade de melhorar a infraestrutura de transportes e energia, por exemplo, mas também colabora no social na medida em que o setor é empregador.
E sem deixar de lembrar que avanços na legislação podem criar centenas de milhares de empregos sem maior investimento público. O jogo, em cassinos, nos bingos, nos jóqueis clubes e em máquinas, pode gerar mais de cem mil empregos diretos em poucos meses e mais de 200 mil indiretos. Mas com legislação adequada e estimuladora à presença do empreendedor ou de entidades como as dedicadas ao turfe.
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No Brasil, existe a mentalidade de limitar ganhos, aumentar controles, em quadro que a história demonstra facilitar práticas ilegais e corrupção. Não se deve criar dificuldades que possam estimular o mercado de facilidades.
Os políticos e tecnocratas precisam ter e exercer a responsabilidade social, sem paternalismo ou assistencialismo. O povo quer emprego, formação de mão de obra qualificada, ambiente favorável a todo e qualquer tipo de investimento, com tributos e leis trabalhistas claras e justas.
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Aristóteles Drummond é jornalista