Rio - O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou semana passada os números do Caged. Para quem acompanha de perto o mercado de trabalho, não houve surpresas. Por total falta de políticas públicas de geração de emprego e renda, no primeiro semestre o Estado do Rio perdeu 65.582 empregos celetistas. Foi a unidade da Federação que encolheu em postos de trabalho.
Ao mesmo tempo, reparei nas redes sociais de alguns prefeitos e secretários que muitos comemoraram os primeiros meses de gestão nos municípios. Com os números que foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego sobre o mercado, não temos o que comemorar, infelizmente. É muita cara de pau deles.
O primeiro semestre terminou e os prefeitos preferem manter secretários sem conhecimento da causa para agradar a vereadores da base aliada.
A maior perda de empregos no estado este ano foi no setor de serviços, com um saldo negativo de mais de 27 mil empregos celetistas. Só no subsetor que abrange os trabalhadores dos serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e comunicação, foram mais de 12 mil trabalhadores dispensados; e no setor de comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico, foram mais de 9 mil cidadãos fluminenses demitidos.
Os turistas sumiram, e o reflexo disso é o fechamento de muitos bares e restaurantes. Os hotéis também estão dispensando funcionários, e até redação de jornais, com o crescimento das redes sociais, também estão demitindo jornalistas.
No ranking dos municípios acima de 30 mil habitantes, entre admitidos e desligados, os seis municípios que mais perderam postos de trabalho (saldo) no primeiro semestre foram o Rio de Janeiro, com 42.343; Duque de Caxias, 6.685; Niterói, 3.923; Macaé, 3.733 postos; Nova Iguaçu, 3.708 postos; e São João de Meriti, 1.290.
Eu gostaria de saber o que os respectivos secretários de Trabalho desses municípios fizeram nesse semestre para diminuir o desemprego nas suas cidades.
Qual a política pública de geração de emprego e renda que está sendo praticada? O que restou para Pezão?
Fernando Lobo é analista de recrutamento e seleção