Subsecretário Geraldo Nogueira - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Subsecretário Geraldo NogueiraDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por Geraldo Nogueira*

Rio - Os smartphones estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. Pesquisa do IBGE revela que 138 milhões de brasileiros possuem um smartphone, sendo que 77,1% da população, com 10 anos ou mais de idade, tem um aparelho de celular.

Quando esses dados foram cruzados com os dados da Anatel, chegou-se à média de 1,7 aparelho/linha ativa por usuário. A faixa de pessoas entre 25 e 34 anos é a que mais concentra usuários de aparelhos de telefonia, sendo que o percentual chega a 88,6%. O IBGE também constatou que, quanto maior o grau de escolaridade, maior o uso de smartphones. Entre as pessoas sem escolaridade 43,6%, com ensino fundamental incompleto 62% e com ensino superior completo 97,5%.

Os smartphones superam vários outros equipamentos de comunicação, tendo superado o uso do computador. A comunicação avançou para formatos surpreendentes, chegando a voltar à era dos símbolos.

No entanto, os símbolos se modernizaram. Hoje conhecidos como emojis, são uma forma de abreviar a conversa ou até mesmo deixa-la mais leve, colorida e viva. Emoji é uma invenção japonesa que se popularizou no uso dos smartphones, sendo a junção dos termos "e" imagem e "moji" letra. São ideogramas usados em mensagens eletrônicas e páginas da Web. Sua função é substituir uma palavra ou até mesmo uma frase completa.

Mas o mundo virtual também precisa incluir e, pensando nisso, foi que a Apple propôs a criação de 13 novos emojis inclusivos. A proposta foi enviada à Unicode Consortium, organização responsável por analisar os pedidos de novos emojis. Caso sejam aprovados, em 2019 já poderemos tê-los nos aparelhos eletrônicos (iOS e Android). Segundo o blog Emojipedia, a Apple desenvolveu a proposta em parceria com as seguintes organizações: Conselho Americano de Cegos, Fundação de Paralisia Cerebral e Associação Nacional de Surdos.

Entre os símbolos criados existem pessoas em cadeiras de rodas, bengalas de orientação para cegos, cães guia, orelhas com aparelho auditivo e próteses.

Esta primeira lista não contempla todas as deficiências, mas é um ponto de partida que tenta diversificar as opções disponíveis e proporciona maior representação da diversidade dentro do universo dos emojis.

O uso diário dos emojis inclusivos, principalmente pelos jovens, vai harmonizar o conhecimento com as áreas das deficiências, facilitando maior interação entre pessoas com e sem deficiência. Outra contribuição que o uso desses pictogramas poderá proporcionar é a correta adequação das terminologias que, muitas das vezes, por desconhecimento, são usadas inadequadamente.

(* Subsecretário da Pessoa com Deficiência no Município do Rio de Janeiro)

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