Rio - Imagine-se em um lugar onde todos apertam sua mão e te abraçam, onde você parece ser querido e respeitado. Agora imagine este mesmo cenário sendo fumaça e você, solitário.
Esse é o cenário que percebo no mundo político. Vim de um mundo onde você olha para o lado e de fato sabe quem é quem, mas, aqui, você não sabe quem é quem, não sabe o que é verdade e o pior, não entende o porquê de tanta mentira.
No meio político, ser íntegro, ter duras convicções te custam caro, mas o que o nosso tempo tem nos mostrado? Por quantas vezes nosso presidente da República deve ter se sentido sozinho? Talvez o termo mais adequado seja resiliência. Resiliência para aguentar o egocentrismo das vossas excelências, para não mudar sua posição mesmo quando ela é a munição que te perfura.
A angústia de fazer algo, de trazer benefícios para a sociedade muitas vezes te sufoca, pois querer nem sempre é poder.
Dizia Immanuel Kant: "A paciência é a fortaleza do débil e a impaciência a debilidade do forte.".
Logo percebe-se que a paciência se torna a angústia da solidão ou a euforia da bajulação. Medicamentos que, em doses altas, te matam e, em doses baixas, não fazem efeito.
Uma sociedade ansiosa por mudanças já esperou demais para confiar, para acreditar, para se sentir acolhida.
O grande desafio é que todos que são escolhidos por essa sociedade entendam que nada, nem o sistema, nem o mecanismo, nem a inércia, nada pode ser maior do que " eu estou aqui e vocês podem confiar em mim".
Não existe mais o direito de errar, a solidão citada no início deste artigo tem que ser combustível do pensamento e alicerce da ação.
Que Deus abençoe os escolhidos desta nação de Deus, da terra da promessa e que o Brasil tenham em seus braços todos os nossos irmãos brasileiros.
Não depende agora dos brasileiros; a missão está em nossas mãos, eleitos por essa nação .
E aí sim a solidão se transformará em carinho de uma grande multidão.
Alexandre Knoploch é deputado estadual eleito pelo PSL
