Por O Dia

Você sabia que, em 2017, o rendimento domiciliar per capita do Brasil ficou em R$ 1.268? Isto é o resultado de todo tipo de rendimento que a população tenha - salário, pensão, aluguel, poupança. Fica fácil entender o déficit habitacional e o aumento da pobreza. Como alguém vai poder comprar algum bem mais caro, como casa ou automóvel?

A primeira resposta para esta pergunta para a maioria dos brasileiros é: fazer financiamento! Mas será a melhor resposta? Será que não existe mais opções? Sim! Existem duas formas de compras de bens mais caros, como veículo, terreno ou mesmo apartamento. Além do financiamento, há o consórcio. No entanto, surgem sempre essas perguntas importantes: quais dessas opções tem o menor custo e o maior benefício?

E quais critérios fundamentais na hora de escolher? Pensando numa aquisição imediata, a primeira opção é o financiamento. No entanto, nessa modalidade você vai precisar pagar uma taxa de juros pelo dinheiro adiantando para realização do seu sonho. E outro ponto é que o bem adquirido, na prática, está preso à instituição que concedeu o crédito até o fim do pagamento das parcelas. Desta forma, o bem ainda não é 100% seu.

A desvantagem do financiamento diz respeito à altíssima incidência de juros nos prazos mais longos. Merece destaque que no financiamento existe algumas taxas chamadas Custo Efetivo Total (CET), que aumentam o custo da aquisição.

Já o consórcio envolve o planejamento de médio e longo prazo. Não há juros nas mensalidades, mas a aquisição do bem acontece via um sorteio, que pode acontecer no primeiro ou até no último mês do consórcio. Desta forma, se você não tem pressa, precisa pagar as mensalidades e esperar.

O principal custo do consórcio é a taxa de administração, pois ele é um fundo de investimento, ou seja, um grupo de investidores que juntam seus recursos para comprar um bem. Isso é usado para arcar com os custos correspondente ao valor do bem, seguro e uma taxa administrativa, que é importante para os custos de manutenção dos grupos, as assembleias, o pessoal e toda a infraestrutura que garante o recebimento da carta com a contemplação.

No final, é a sua necessidade que irá determinar a aquisição de cada produto. Caso pense no longo prazo, o consórcio apresenta características importantes. Mas se for algo de caráter imediato, é o financiamento. Mas é bom pensar nos custos no longo prazo.

Gilvan Bueno é especialista em Finanças e fundador da Financier Academy

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