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Arte: O Dia
Por O Dia

Rio - Nesta quarta-feira, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) lança na Alerj, durante o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico Jornalista Roberto Marinho, o ‘Rio em Números’, publicação com levantamento de indicadores consolidados sobre mercado de trabalho, pobreza e desigualdade social, educação, saúde, juventude, segurança pública e políticas urbanas na Região Metropolitana. Um retrato socioeconômico de abrangência inédita, que será entregue à sociedade para subsidiar todos os esforços na direção da recuperação econômica e da melhoria da qualidade de vida fluminense.

Nos cenários de crises, quando os desafios são muitos e há demandas urgentes em várias frentes, identificar as soluções mais efetivas e estabelecer prioridades não é uma tarefa simples. Por isso, a Fecomércio RJ refundou o Instituto Fecomércio RJ de Pesquisas e Análises (IFec RJ) e está investindo na produção de informações estratégicas que possam servir de farol nessas águas agitadas. Queremos apoiar empresários, governantes, parlamentares e agentes públicos na hora da tomada de decisão.

Diagnósticos setoriais estão na base do planejamento da Fecomércio RJ para 2019, apontando vocações regionais e norteando investimentos. O comércio de bens, serviços e turismo é o maior empregador do estado, responsável por cerca de dois terços da sua mão de obra formal (ou algo como 2 milhões de pessoas empregadas) e por quase 70% do PIB fluminense. Números tão expressivos nos dão, ao mesmo tempo, grande responsabilidade social e capacidade para fazer a diferença no esforço coletivo de revitalização do Estado do Rio de Janeiro.

Os impactos econômicos em nosso setor refletem-se direta e rapidamente na população. Em especial nos horizontes e perspectivas das novas gerações. É raro o profissional que não tenha vivido no comércio a experiência do seu primeiro emprego. Somos quase sempre a porta de entrada para a vida produtiva. O Banco de Oportunidades do Senac RJ já reúne 15 mil currículos, disponíveis para as empresas que procuram recursos humanos qualificados.

Entre os jovens fluminenses de 18 a 24 anos, contudo, o desemprego no estado do Rio atingiu, em 2017, o alarmante índice de 32,2% – bem superior à taxa nacional de 25,9%, na mesma faixa etária. Um quadro ainda mais crítico, se considerarmos a expansão da informalidade que, em um ciclo perverso, repercute no fechamento de estabelecimentos regulares, com perda de cinco vagas, em média, por negócio que fecha as portas no comércio.

O desemprego e a informalidade são questões graves abordadas no estudo do IFec RJ e que precisarão ser enfrentadas. Assegurar um ambiente de negócios propício à empregabilidade, viabilizar educação de qualidade, acesso a saúde e à cultura, garantir a segurança pública, é garantir um presente e futuro mais humanos e com dignidade para todos.

‘O Rio em números’ é um ponto de partida. Esperamos que este estudo nos permita conhecer mais o que somos e também os caminhos para nos transformarmos no que queremos e merecemos ser.

Antonio Florencio de Queiroz Junior é presidente da Fecomércio RJ

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