Paulo Velasco - Divulgação
Paulo VelascoDivulgação
Por O Dia
Rio - A OMS inclui a Síndrome de Burnout na lista de doenças e, grande parte de especialistas em saúde mental concluem que o Transtorno aumenta a cada dia que se passa.

A síndrome de Burnout está inserida no capítulo XXI da categoria que se refere aos problemas relacionados com a organização de seu modo de vida (Z73), descrita na Classificação Internacional de Doenças (CID10), pelo código Z73.0 Burnout (estado de exaustão vital).

Ela pode ser definida como um estado de esgotamento físico e mental em consequência de fatores ligados ao trabalho. A expressão inglesa “burn out” significa “queimar-se, consumir-se por completo”.
O esgotamento psíquico/físico ocasionam sintomas como dores de cabeça, fadiga crônica, distúrbios gastrointestinais e distúrbios do sono, tensão muscular, hipertensão, gripes, entre outros.

Geralmente, são profissionais se envolvem com tanta dedicação ao trabalho, que não medem esforços para alcançarem seus propósitos e os da empresa em que atuam.

Existem muitos riscos de o Transtorno subir os degraus dos transtornos chamados “neuróticos e psicóticos” quando não tratado apropriadamente. Os sintomas emocionais mais frequentes são o reconhecimento negativo do desempenho profissional, o esgotamento físico e mental, a sensação de fracasso e de impotência, e baixa autoestima, fazendo com que a exaustão provoque indícios de ansiedade e depressão. Neste contratempo, é normal o portador tentar atenuar o problema associando o uso bebidas alcoólicas, fumo e drogas. Essas “muletas” unidas a uma passividade física e emocional só fazem agravar o quadro já instalado.

O portador da Síndrome de Burnout apresenta também, como consequência da fadiga laborativa, diversas alterações comportamentais, como por exemplo, maior consumo de café, álcool e medicações controladas, atrasos ou faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal, impaciência, incapacidade de concentração, episódios depressivos, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, agressividade e ideação suicida.

Teoricamente, profissionais de todas as áreas estão sujeitos ao Burnout. No entanto, estudos indicam que os mais afetados pelo problema são médicos e enfermeiros, seguidos de professores, psicólogos, assistentes sociais, policiais e bombeiros, entretanto, nem sempre a causa da Síndrome de Burnout está na profissão em si, mas no indivíduo. Mais especificamente, no comportamento diante do trabalho.
Paulo Velasco é autor do livro “Os Segredos da Mente Saudável”