Dwight Ronzani - Divulgação
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Por O Dia
Rio - Há um tempo atrás, quando se falava em Brasil Grande, houve uma incursão do Estado pelo liberalismo econômico, seguindo a esteira do Estado-mínimo. Era o tempo das privatizações em que se permitia às empresas privadas, a gestão responsável, sob a vigilância e fiscalização estatal, do patrimônio de interesse público. O empresariado ganhava em oportunidades, o Estado em agilidade de resultados e o povo na abertura de postos de emprego, daí resultando que a crise interna se fizesse, pouco a pouco, diluída.

Recente decisão do Pretório Excelso permitindo a venda das empresas satélites bastante flexibilizada, desnecessitando, inclusive, da autorização do Congresso Nacional, parece, fez reviver potencialmente uma das premissas para que se revisitasse o saudoso Brasil Grande.

Oportuniza-se, então, uma questão. Se o Estado mínimo, se o liberalismo econômico eram tão promissores, por que se perderam em nosso país? Por que não deram certo?

Falharam os homens, melhor dizendo, os órgãos de fiscalização e controle, sobretudo, ficou sensível a falta de patriotismo, deixando à vista nossas falhas de educação, caráter e zelo pela coisa pública.
Daí a necessária exaltação ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e a toda a trama protetiva da Administração Pública, entre nós, endógena.

Outro ponto essencial. Olvidaram-se os segmentos pauperizados, a miséria que açoda representativo segmento de nossa sociedade, o que se sabe é inaceitável.
Assim faz-se necessário construir nossa ponte para o futuro fazendo com que lucros sejam impreterivelmente partilhados com a massa esquecida, saudando-a com educação, saúde, trabalho, renda, enfim, dignidade.

Eis o prenúncio do Brasil livre das amarras do estrangulamento social e econômico, afinal, o Brasil Grande!
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Dwight Ronzani é doutor em Direito Público