Um país só é pleno respeito às individualidades. Garantia essa dada pelo próprio Criador, que, embora tendo opinião contrária a alguns comportamentos, concede ao homem o direito de viver suas escolhas. Ninguém pode ser desrespeitado por ser homossexual. Nenhum cristão será plenamente cristão se não revelar em suas atitudes o amor ao próximo.
A polêmica envolvendo a prefeitura e os organizadores da Bienal do Livro, por conta desse gibi, precisa ser analisada sem paixões. A Marvel Studios revolucionou a indústria de filmes de heróis. Apenas a “cultura nerd” tinha maior conhecimento de tantos heróis. Da Marvel, só conhecíamos os mais famosos, como Hulk e Homem Aranha. Hoje, quase toda festa infantil tem os outros personagens como tema.
Onde começa o erro da Marvel? Em mais de uma década, com mais de 20 filmes, ela não fez menção a nenhum "herói gay". Ela trai a nós, pais, e a seu público infanto-juvenil quando vende uma imagem no cinema e outra nos gibis, ainda mais com o título: A Cruzada das Crianças.
Então que a Marvel "saia do armário" nos cinemas. É preciso ter coerência! Mas, sabe por que ela não levanta a bandeira LGBT na telona? Porque terá queda nas bilheterias. Diversos pais que compraram o livro não esperavam um romance entre homens. Eles prefeririam explicar às crianças, no momento que julgassem certo, o que é uma relação homossexual.
Não se trata de discriminação à sexualidade, e sim respeitar a educação judaico-cristã sobre a qual nossa sociedade foi formada. Estamos vendo uma guerra ideológica capitaneada pelo surgimento da cultura gay, criada pelo movimento LGBT. O problema é quando invadem o espaço dos pais.
A prefeitura errou, pois não era de sua competência apreender livros. Agora, mais errada está a Marvel, que de forma intencionada abusa da confiança dos pais. E isso não vamos admitir. Diz o artigo 12, inciso IV da Convenção Americana sobre direitos humanos: os pais, e quando for o caso os tutores, têm direito a que seus filhos ou pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja acordo com suas próprias convicções. Se a sociedade é plural, o respeito deve ser mútuo.
Otoni de Paula é deputado federal pelo PSC-RJ