Deputado Paulo Ramos - Reprodução
Deputado Paulo RamosReprodução
Por O Dia
Rio - A água é tão essencial à vida que, até quem faz greve de fome, tem direito a beber água.
O Brasil é possuidor de extraordinárias reservas de água doce no mundo.

Dizem que a água poderá vir a ser a causa da próxima guerra mundial.

Quando constatamos o que vem acontecendo no Brasil no sentido da privatização do saneamento básico, precisamos pensar na soberania nacional, na saúde da população, pois a água não pode ser submetida à ganância, ao lucro.

Imaginar que, caso tal desatino venha a acontecer, o cidadão desempregado estará condenado a morrer de sede, juntamente com a sua família, desde que não pague a conta d'água, que será inapelavelmente cortada.

É bom lembrar que a Coca-Cola, a Kibon e a Nestlé, todas multinacionais, já controlam nossas mais importantes fontes de água mineral.

É claro que é dever do Estado colocar água potável em todas as torneiras e recolher e tratar o esgoto, em homenagem ao ser humano e ao meio ambiente.

É preciso pressionar e cobrar, mas o pior caminho é a privatização.

A população precisa saber quais são os atores que se emprenham para fortalecer o lobby da privatização.

O primeiro braço é o Instituto Trata Brasil, que tem sido o grande divulgador do ranking do saneamento sendo duvidosa a sua credibilidade.

O Instituto é financiado pelas empresas que estão sendo contempladas com as privatizações Brasil a fora, Rio de Janeiro incluído, vide Águas de Niterói, Águas de Juturnaíba, Foz Águas, etc.

As referenciadas empresas integram a Holding Águas do Brasil. Dentre elas estão algumas das empreiteiras alcançadas pela operação lava-jato, tão reconhecida pela população.

A privatização é o caminho para a internacionalização, conforme já aconteceu com outros setores da economia.

Privatizar a Cedae é entregar a alma ao diabo.
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*Paulo Ramos é deputado federal pelo PDT-RJ