Todos nós somos iguais porque somos seres humanos, mas cada um é diferente como sujeito, que como tal, é singular com suas características e conflitos. Passar o tempo todo sentado na frente de um computador pode ser cansativo. Mas é importante que a própria pessoa tenha consciência disso. Uma atividade manual pode ser realizada com prazer por um grupo determinado de pessoas e isso pode ser um hobby, por exemplo. Mas para outro grupo de pessoa, não. Vai depender da personalidade de cada um, do que gosta de fazer, do que trás prazer à vida dela.
A auto cobrança, a crítica excessiva, a culpa, o perfeccionismo, tudo isso pertence ao mesmo núcleo. Núcleo esse que se formou ao longo do processo de amadurecimento de cada um, tem a ver como cada um introjetou as leis, as regras. Somos seres humanos e nossa marca primitiva como tal é o desamparo, somos frágeis e precisamos dos outros. Talvez algumas perguntas possam ajudar: porque me cobro tanto? Será que o que fiz não ficou bom? Esses questionamentos podem ajudar na reflexão e a diminuir a expectativa de não frustrar o outro e a diminuir o medo de críticas.
A mulher no intuito de corresponder a expectativa dela de “dar conta de tudo” ou do outro de “ser maravilhosa” no sentido de perfeita, acaba tendo um aumento significativo em sua demanda. Isso é extremamente cansativo. Existem mulheres totalmente estafadas e infelizes por nunca atenderem a uma expectativa imposta; isso tem a ver com raízes profundas de sua constituição. Aos poucos vão conseguindo dar prioridades e a buscar em sua volta uma rede cooperativa. Numa sociedade onde se precisa ser super tudo, é preciso entender que não é possível dar conta de tudo e que precisamos de ajuda.
As redes sociais podem ser observadas como um fenômeno da sociedade atual. Difícil constatar qual o grau de realidade no que se vê ali e é importante ter essa consciência.
Nas redes sociais parece tudo mais fácil que fora dela, se posta o que quer, existe conversa com pessoas que não se tem intimidade e que parecem intimas, pode se escolher a melhor foto, o melhor filtro,entre outras coisas. Aprender sobre os limites de uso e sobre o grau de realidade ali existente é fundamental para não sucumbir ao excesso. É saudável usar a rede social como mais uma ferramenta que pode ter seu valor, mas não se misturar a ponto de perder o contato com seu entorno e com suas próprias referências.