Mas, é preciso também fazer sair do papel novos projetos como conjuntos habitacionais que reduzam o déficit de moradias, o programa Comunidade Cidade, que levará saneamento e dignidade a áreas carentes começando pela Rocinha, e os conjuntos penais verticais, uma iniciativa inédita no Estado que contempla instalações dignas para os detentos, agentes penitenciários e demais servidores. Nessa lista estão ainda novas escolas, hospitais e distritos policiais, além da reforma de outros equipamentos públicos. Todos esses empreendimentos já contam com projetos desenvolvidos por servidores da própria Seinfra.
Esses desafios esbarram, no entanto, em entraves inerentes à administração pública como imbróglios jurídicos. Somam-se a isso, no caso específico do Rio, as imposições do Regime de Recuperação Fiscal, acordo que ajuda o Estado, mas limita investimentos. Para vencer esses obstáculos o foco é investir em prioridades, no controle de gastos e na adoção de projetos com estruturas padronizadas para serem replicadas, baixando os custos.
Há ainda outros caminhos como as parcerias com outras secretarias e, principalmente, o incentivo ao servidor público. Valorizando os quadros técnicos, dando espaço para sugestões e liberdade de atuação, é possível usufruir do qualificado funcionalismo do Estado. Outro fator importante nesse sentido é a mudança de paradigma na gestão pública do Rio, com a criação de novos mecanismos de controle e transparência.
Com o ordenamento do Estado, a austeridade nas contas e a ética como base, os investimentos se viabilizam. Por isso, temos a expectativa de que em 2020 o quadro possa ser revertido. Virando esse jogo, nosso povo viverá melhor e retomará sua confiança na gestão pública.
*Bruno Kazuhiro é Secretário de Estado de Infraestrutura e Obras do Rio de Janeiro