Aristóteles Drummond, colunista do DIA - Divulgação
Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Por Aristóteles Drummond*
O Brasil vai viver este Natal em clima oficial de respeito aos valores tradicionais da família, que tem na data a melhor tradição do encontro de parentes, hoje com tantos morando fora, sendo pretexto da vinda a suas origens. Com isso, será responsável pelos aviões lotados de parte dos três milhões e meio de brasileiros que vivem em definitivo ou provisoriamente no exterior. O pensamento oficial vai nesta direção, acima de ideologias ou posturas políticas.

No entanto, esta valorização da família, e de seus valores culturais, provoca o ativismo da contracultura, na tentativa de chocar e alterar a história, na destruição de personagens emblemáticos. Assim é que as livrarias estão exibindo o livro do historiador e pesquisador cearense Lira Neto sobre o presidente Castelo Branco, apresentado como um adepto de ditaduras. Uma indignidade, pois ele não pleiteou o cargo que o Congresso lhe conferiu – com o voto de JK, inclusive –, como a última missão ao militar que combateu na Segunda Grande Guerra.

Boa pesquisa, mas faccioso e ignora os fatos consagrados pelo tempo. Castelo limitou a presença de militares em funções públicas, colocou a economia nos trilhos, dando plenos poderes a dupla Campos & Bulhões, que promoveu a primeira grande reforma do Estado, com o Decreto Lei 200 e a criação do Banco Central, FGTS, do BNH, que deu sete milhões de casas para brasileiros em sua existência e acertou as contas públicas.

O Natal marca o nascimento de Jesus Cristo, figura maior para os cristãos que formam a maioria do povo brasileiro, de origem judaico-cristã. Em nome da “liberdade cultural”, surge um filme em que a figura maior da cristandade é apresentada de forma deformada e fruto de uma imaginação que foge à normalidade do bom senso. Apenas para chocar, afrontar a família brasileira.

Como, graças a Deus, não existe o fundamentalismo cristão, nenhuma reação violenta, muito menos admitir a censura. Resta, então, ao livro e ao filme o julgamento do público. Existe hoje uma evidente reação civilizada, a partir das classes médias, diante destes absurdos, que fraudam a verdade em nome de uma estranha ideologia da negação das tradições e valores da família, da religião e do civismo.

Na verdade, as agressões à verdade histórica, à figura maior da cristandade, são úteis na medida em que evidenciam que existe uma corrente nova do pensamento e da ação política, em todo o mundo, que gosta de destruir valores e estimular países ao retrocesso econômico e social. Isso pela via de manifestações de rua, como as que vêm destruindo a economia chilena e o emprego dos chilenos em nome do “social”, com objetivos ainda não bem definidos.

Eles não querem, mas nós continuamos a desejar um Bom Natal para as famílias, um momento de união, amor e solidariedade.
*Aristóteles Drummond é jornalista