Rosa Bernhoeft - Divulgação
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Por Rosa Bernhoeft*
É útil pensar sobre como tenho conduzido a minha carreira, qual o grau de satisfação com as minhas conquistas e se tenho usado os momentos de stress para aprender mais sobre mim ou aproveitar novas oportunidades.

Mudar de carreira pode levar a alguns impasses:
a. Não estou mais satisfeito com o que eu faço, vejo pouco sentido.
b. Estou fora do mercado e preciso encontrar outra coisa pra fazer.

Para dar respostas e ter saídas o profissional precisa fazer três movimentos:
- O primeiro é aprofundar no seu autoconhecimento. “Hoje estou aqui, assim”, “Gostaria de chegar até aqui, assim”.
- Observar e conhecer seus pontos fortes e seus pontos fracos, e começar a cuidar deles.
- Definir um foco para os próximos passos e criar um cronograma. “Daqui a um ano” por exemplo.

Buscar reinvenção não é só mudar de carreira, é usar o momento que vivo aproveitando minha experiência e capacidade, dando uma nova forma ao que faço. Alguns itens que podem ajudar nessa reflexão e levar a uma reinvenção em relação ao modo como faço o meu trabalho:
"Posso fazer diferente?";
"Preciso me habilitar, aprender?";
"Estou usando minha experiência da melhor maneira?";
"Onde além do trabalho posso aplicar o que sei e sou capaz?"

Na maneira como organizo o meu trabalho:
Como ativo meus pares, colegas de trabalho, subordinados, aprendo com eles, ensino, troco e crio novos conhecimentos?
Dou atenção às mudanças e novas demandas da empresa, espero ser chamado ou me auto impulsiono para metas ou desafios maiores?
Faço propostas de práticas, projetos inovadores, vencendo restrições que eu mesmo me coloco como "não vão me ouvir" ou "não vale a pena tentar".

Considerar estas variáveis pode criar um ponto de partida para uma nova atuação.

Valorizar sua trajetória, é ir além de descrever um currículo que mostra o que fez, quando fez e onde fez. Ela mostra o caminho percorrido para encontrar as capacidades adquiridas em sua trajetória de vida e carreira.
O profissional, portanto, pode se utilizar do raciocínio: “Esta circunstância ou esse stress me tornou capaz de solucionar tal problema ou necessidade”. Para então buscar onde está a pessoa ou empresa que precisam destas capacidades.

Responder às perguntas:
Se hoje não estivesse fazendo o que eu faço o que eu estaria fazendo?
Quantas vocações, qualidade, habilidades, eu possuo e não dei atenção e não dei uso, que possivelmente em uma nova carreira eu possa usar?
Buscar referências de fracasso e sucesso em pessoas que mudaram suas carreiras por exemplo, de gerente de sistemas para empreender no ramo de alimentação e aferir dentro deste contexto quais capacidades comuns à área de gestão.

Reinventar a carreira é reinventar a si mesmo, isto significa: Aprender coisas novas, quebrar hábitos que paralisam, questionar os preconceitos e certezas, abrir a mente e o coração para aceitar as diferenças, fazer co-criação, ser colaborativo e sair do lugar comum para ir ao lugar que quero e mereço.

Lembre-se, todos possuímos os mesmos capitais para vencer na vida, o conhecimento, o tempo, a energia, cabe a cada um planejar como usá-los de maneira criativa, inovadora e eficaz para se renovar constantemente.
*Rosa Bernhoeft é graduada em Educação e Engenharia, coach de altos executivos, fundadora da Alba Consultoria e autora de três livros sobre os temas de Mentoring e Sucessão