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Por Eduardo Rocha*
A procrastinação é definida como o adiamento voluntário de uma ação, mesmo sabendo das consequências negativas futuras. É o ato de adiar a realização de uma tarefa que precisa ser cumprida. A prática de procrastinar pode ser consciente ou inconsciente. Em ambos os casos, inclui uma decisão de postergar uma atividade e se dedicar a outras tarefas de menor importância e muitas vezes, mais prazerosas.

Você já parou para refletir a respeito do que o leva a deixar de fazer as atividades que são importantes em detrimento a outras de menor relevância?

Existem inúmeras justificativas que você usa para apoiar o ato de procrastinar e adiar atividades que realmente precisam ser realizadas, tais como: não ter vontade de fazer determinada atividade ou o prazo não está bem definido, medo da crítica ou do julgamento externo, perfeccionismo em excesso impedindo o início da atividade, existe dúvida sobre o que e como fazer e muitas outras.

Você já percebeu que essas são as historinhas que você tem contado para si mesmo e que apoiam o seu hábito de procrastinar?

Por um momento, pare e imagine você daqui a 5 e 10 anos. O que você sente, vê e escuta quando pensa no que alcançou conduzindo sua vida procrastinando? Como é olhar para trás e perceber o quanto não realizou por deixar tudo para depois?

Uma ferramenta poderosa para combater a procrastinação é a Programação Neurolinguística – PNL. Ela contempla um conjunto de estratégias, padrões, técnicas linguísticas e comportamentais que proporciona uma reprogramação mental e comportamental de forma permanente e duradoura.

A seguir, apresento três técnicas simples e eficientes da PNL para combater a procrastinação.

1 – Criar valor
Você já percebeu o que lhe motiva a realizar algo? Muito das atividades diárias são realizadas devido aos ganhos que você tem. Levantar esses ganhos pode o motivar e direcionar a sua mente para o prazer de conseguir realizar o que é desejado. Dessa forma, você deve identificar os ganhos primários e secundários.

Os ganhos primários são aqueles que você terá ao finalizar a realização da atividade. Por exemplo, estudar para concurso, o fim pode ser ter estabilidade e segurança.

Os ganhos secundários são aqueles que você tem ao realizar uma atividade e não é o fim da atividade propriamente dita. Por exemplo quando está lendo um livro, você pode ter o ganho do prazer da leitura e de ter um momento relaxado.

Liste o máximo de ganhos possíveis, no mínimo 5. Esse será o seu combustível para prosseguir, mesmo quando a vontade for de procrastinar.

2 – Compromisso
Você já sabe o quão importante é a realização da atividade a partir dos seus principais ganhos, agora está na hora de se comprometer.

O comprometimento indica o ato de fazer uma promessa mútua e requer responsabilidade. É você assumir a responsabilidade e o compromisso com as suas decisões. É fazer o que precisa ser feito, independente se está com vontade ou não.

Se pergunte, o quanto de 0 a 10 você está disposto a assumir o compromisso de realizar as atividades que o levam a atingir o seu objetivo?

3 – Segmentação do objetivo
Você já sabe o quão importante é a realização do seu objetivo e se comprometeu a realizá-lo. Agora é hora de definir a jornada.

Quando não se tem uma jornada bem definida e não se sabe como faze-la, é natural que você desanime.

É importante delimitar uma trajetória, ou seja, segmentar um objetivo em partes menores. Divida uma grande tarefa em uma série de pequenas ações, criando um roteiro sequencial das ações necessárias para o fim desejado.

Outra estratégia é definir, também, os principais marcos de sucesso dessa trajetória e celebrar cada etapa que você venceu. Cada marco realizado permite a sensação de andamento das etapas e o motiva ainda mais a ir para a etapa seguinte.

Resumindo, procrastinação é algo natural, mas pode ser prejudicial quando impede a realização dos seus objetivos. Apesar de ser natural, pode-se combatê-la com as estratégias que ensinamos aqui.

Coloque essas dicas em prática e veja o resultado. Seja persistente, pois um hábito como a procrastinação necessita ser combatido dia após dia.

*Eduardo Rocha é especialista em Programação Neurolonguística e presidente do Instituto INNER