Marcos Espínola - Divulgação
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Por Marcos Espínola*
O estágio de pandemia do coronavírus declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe ao planeta uma crise sem precedentes nas últimas décadas. Claro que o mundo já enfrentou pragas e problemas de ordem global que trouxeram mortes, fizeram as bolsas despencarem, o dólar disparar
e tantas outras consequências para as pessoas e a economia. Entretanto, como há muito tempo não passamos por uma situação dessa, toda cautela e seriedade são necessárias para que consigamos minimizar os efeitos desse inimigo invisível que é de fácil contágio entre as pessoas.
O que aconteceu na Itália, com o povo inicialmente ignorando a gravidade e as consequências do vírus, serve como exemplo para o Brasil. As praias abarrotadas de gente, bares lotados, pontos turísticos cheios, entre outras atitudes de aglomeração de pessoas demonstrou que também custamos a entender a complexidade do problema. Não levar a sério uma ameaça real e que pode ser letal para muita gente, essencialmente idosos e pessoas com doenças crônicas, é perigoso e pouco inteligente.
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No mundo todo o número de casos já ultrapassou a marca de 130 mil pessoas, com quase 5 mil mortes em 116 países e territórios, de acordo com as fontes oficiais. O aumento se deve, em especial, a casos confirmados na Itália, o segundo país mais afetado depois da China. E os números não param de ser
atualizados.
No Brasil, os casos também crescem e toda a atenção é pouca para não vivermos o mesmo drama desses países. Frear a circulação das pessoas, fechar cinemas, academias etc. trazem um impacto financeiro negativo, mas, ao mesmo tempo, pode fazer a diferença nas próximas semanas quando os números de infectados devem aumentar. Sem essas medidas a possibilidade de um número de contaminados desacerbado é grande e não há infraestrutura hospitalar para dar conta de tanta gente.
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É preciso ter a consciência de que não é um problema do Brasil. Como disse o presidente francês, Emmanuel Macron, “este vírus não tem passaporte”. Todo o planeta está sob ameaça. E nesse contexto, a pandemia traz reflexões, dentre elas que não importa o país ou a pessoa que é rica, tampouco o grau de
poder que se tenha, pois quanto à saúde somos todos iguais e vulneráveis da mesma forma. Nos resta unir forças e cada um fazer a sua parte para que se minimize ao máximo a propagação desse vírus e as possíveis mortes, até que toda essa onda maligna passe e o contágio seja minimamente controlado.
*Marcos Espínola é Advogado e Especialista em Segurança Pública