Publicado 01/05/2020 03:00
Para quem se acostumou com a classe trabalhadora tomando as ruas no 1 de maio, data que marca internacionalmente nossa luta diária, este ano será diferente. Cientes da responsabilidade diante da pandemia do coronavírus, não contribuiremos para disseminar a doença nem criar aglomerações. Aliás, nesta crise mundial, está novamente provado que nós, trabalhadores e trabalhadoras, somos parte da solução.
Neste 1 de maio, seremos solidários com profissionais que muitas vezes passam despercebidos para as elites. Autônomos, informais, eventuais e recém-desempregados, muitos enfrentando enormes filas em troca de auxílio emergencial para garantir o básico em suas vidas. São os mais vulneráveis neste cenário em que reafirmamos a luta por Saúde, Educação, Saneamento e Emprego como essencial.
Também não podemos esquecer daqueles que mesmo na pandemia precisam sair do isolamento e trabalhar para manter a sociedade de pé. Dos profissionais da Saúde, operários das fábricas, funcionários de supermercados, garis, entregadores… É pela segurança de vocês e de todos nós que o 1 de maio não será celebrado na rua, o que não significa que passará invisível.
Através da união dos movimentos sociais, o Armazém do Campo criou o Marmita Solidária, que distribuirá 500 marmitas para a população em situação de rua no Centro do Rio. Também estaremos nas redes sociais com ações para relembrar a classe trabalhadora da sua trajetória de lutas. Desde o início do isolamento social, temos usado esta ferramenta para interagir com nossos pares, e contar histórias dos profissionais que têm se dedicado para manter serviços essenciais.
Os desafios desta quarentena se apresentam dia após dia e os efeitos para a classe trabalhadora podem ser devastadores. Principalmente por termos um governo que insiste em criar a falsa disputa entre Salvar Vidas x Salvar Empregos. Este Projeto Bolsonaro, endossado desde o princípio pelos setores neoliberais da política, que agora tentam pular fora do barco, insiste em nos jogar em crise política para além da sanitária. Nos colocamos frontalmente contra medidas deste desgoverno, que busca se aproveitar da pandemia para retirar direitos de trabalhadores e desmontar empresas públicas.
Como professora e representante da Educação, destaco embates frente ao ensino não presencial sendo considerado dia letivo. Ainda que a manutenção do vínculo seja importante, e no caso das escolas particulares funcione como proteção de empregos, também é excludente, sobretudo na rede pública, onde a maioria dos alunos não tem acesso à internet. Embora os professores estejam trabalhando muito mais por conta dos desafios da Educação à distância, na rede privada vivem a insegurança de terem salários reduzidos ou suspensos, graças à MP936.
É muito importante que hoje nós firmemos posição: não aceitaremos que a conta da crise sanitária, econômica e ainda política recaia sobre a classe trabalhadora! Defendemos a Renda Emergencial. Defendemos a Taxação de Grandes Fortunas. E é por isso que estamos juntos mais uma vez. À distância, mas a luta segue e seguirá firme.
*Duda Quiroga é diretora do SinproRio e Sepe RJ e vice-presidente da CUT-RJ
Neste 1 de maio, seremos solidários com profissionais que muitas vezes passam despercebidos para as elites. Autônomos, informais, eventuais e recém-desempregados, muitos enfrentando enormes filas em troca de auxílio emergencial para garantir o básico em suas vidas. São os mais vulneráveis neste cenário em que reafirmamos a luta por Saúde, Educação, Saneamento e Emprego como essencial.
Também não podemos esquecer daqueles que mesmo na pandemia precisam sair do isolamento e trabalhar para manter a sociedade de pé. Dos profissionais da Saúde, operários das fábricas, funcionários de supermercados, garis, entregadores… É pela segurança de vocês e de todos nós que o 1 de maio não será celebrado na rua, o que não significa que passará invisível.
Através da união dos movimentos sociais, o Armazém do Campo criou o Marmita Solidária, que distribuirá 500 marmitas para a população em situação de rua no Centro do Rio. Também estaremos nas redes sociais com ações para relembrar a classe trabalhadora da sua trajetória de lutas. Desde o início do isolamento social, temos usado esta ferramenta para interagir com nossos pares, e contar histórias dos profissionais que têm se dedicado para manter serviços essenciais.
Os desafios desta quarentena se apresentam dia após dia e os efeitos para a classe trabalhadora podem ser devastadores. Principalmente por termos um governo que insiste em criar a falsa disputa entre Salvar Vidas x Salvar Empregos. Este Projeto Bolsonaro, endossado desde o princípio pelos setores neoliberais da política, que agora tentam pular fora do barco, insiste em nos jogar em crise política para além da sanitária. Nos colocamos frontalmente contra medidas deste desgoverno, que busca se aproveitar da pandemia para retirar direitos de trabalhadores e desmontar empresas públicas.
Como professora e representante da Educação, destaco embates frente ao ensino não presencial sendo considerado dia letivo. Ainda que a manutenção do vínculo seja importante, e no caso das escolas particulares funcione como proteção de empregos, também é excludente, sobretudo na rede pública, onde a maioria dos alunos não tem acesso à internet. Embora os professores estejam trabalhando muito mais por conta dos desafios da Educação à distância, na rede privada vivem a insegurança de terem salários reduzidos ou suspensos, graças à MP936.
É muito importante que hoje nós firmemos posição: não aceitaremos que a conta da crise sanitária, econômica e ainda política recaia sobre a classe trabalhadora! Defendemos a Renda Emergencial. Defendemos a Taxação de Grandes Fortunas. E é por isso que estamos juntos mais uma vez. À distância, mas a luta segue e seguirá firme.
*Duda Quiroga é diretora do SinproRio e Sepe RJ e vice-presidente da CUT-RJ
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