André Esteves  - Divulgação
André Esteves Divulgação
Por André Esteves*
O cenário atual de transformações decorrentes da pandemia da Covid-19 traz uma reflexão sobre o futuro do mercado de trabalho. Apenas uma certeza: nada será como antes. A conjuntura de incertezas impacta na necessidade de refletir sobre a inteligência emocional e seus benefícios práticos. Como podemos minimizar impactos adversos com ações positivas? O comportamento pessoal equilibrado entre razão e emoção pode ser um aliado importante para enfrentar o pós-crise?

A inteligência emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. Segundo Daniel Goleman, a Inteligência Emocional é uma competência que pode ser desenvolvida por qualquer um de nós e engloba vários fatores: autoconhecimento, controle emocional, empatia, automotivação e relacionamento interpessoal. É a capacidade de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz.

Podemos identificar como as principais vantagens da inteligência emocional: a diminuição da ansiedade e do estresse; a melhor administração do tempo; o aumento do poder de decisão e o crescimento da produtividade. Todas, sem exceção, fatores críticos de sucesso no contexto de desaceleração da economia e a extrema recessão por que passamos. Dominar esta competência torna-se um extraordinário diferencial competitivo e um ativo fundamental para a empregabilidade.

Os colaboradores que conseguem desenvolver a inteligência emocional, através de capacitação e/ou de um exercício autoral de autocontrole e resiliência, destacam-se em qualquer ambiente que estejam. Possuem características bastante evidenciadas, como por exemplo: trabalham muito bem em equipe; funcionam muito bem sob pressão; têm boa visão de processo e são admirados pelos líderes.

Crises oferecem oportunidades de fortalecimento pessoal e surgimento de novas lideranças. Não podemos desperdiçar uma crise. Ao contrário, devemos concentrar esforços para potencializar ao máximo seu valor agregado. É tempo de reinvenção e grande capacidade de adaptação para o “novo normal” que está por vir. Importante fazer parte disso. Ser protagonista da sua própria história profissional. Sucesso!

*André Esteves é professor universitário e secretário executivo do Instituto OndAzul