Quando pensamos que esta faixa de empresas é a grande empregadora do país, conseguimos ter uma noção do dano econômico causado pela doença. Chegamos a um momento, porém, em que somente constatar esta realidade não basta. Porque vejamos, de que adianta termos estes índices se não construímos nada com eles? E este é o desafio dos governantes e das entidades empresariais hoje, definir o que é preciso fazer para reverter ou ao menos minorar este quadro.
Como presidente da Associação Comercial e Empresarial de Nilópolis, encaminhei à Prefeitura da minha cidade um documento contendo ações que podem auxiliar a acelerar a recuperação econômica local. Revisões tributárias, ações de fomento, linhas de crédito e capacitação de empreendedores estão entre as medidas propostas, e que precisam entrar no radar de todos os entes políticos, de todas as esferas - municipal, estadual, federal.
O que assusta o investidor, o que desanima o empreendedor é a ausência de medidas efetivas e concretas para a recuperação da nossa economia. Não vemos a construção de uma via republicana, propositiva e de cooperação mútua entre os entes políticos e o empresariado. O que vemos é uma interlocução pontual, mas sem o desenho de soluções conjuntas para problemas que são de todos! Parcerias público-privadas são um instrumento subaproveitado no nosso país, o que é triste, porque com toda certeza uma parcela significativa do empresariado estaria muito satisfeito em colaborar para o renascimento do país. E isso pode e deve começar pelos municípios, com soluções locais para problemas locais.
O empresário é quem produz, é quem gera riqueza. Deve ser ouvido, deve ser convidado a participar da construção de saídas para a crise. Fica a dica, prefeitos. O futuro é colaborativo.