Marcos Espínola - Divulgação
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Por Marcos Espínola*
A evolução tecnológica vem impactando cada vez mais a humanidade. Os avanços trouxeram para as sociedades facilidades inimagináveis até poucas décadas atrás. Mas, mesmo com toda evolução, o usuário continua sendo o grande protagonista e tudo que envolve a mente humana pode nos surpreender.
Exemplos temos muitos ao longo da história. O ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor, em 1941, embora não tenha sido marcado por tanta tecnologia, foi possível através de equipamentos adaptados e inteligência. Anos mais tarde, os EUA promoveram bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, com bombas de urânio.
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A ciência e a tecnologia a serviço do homem. A busca pelo desenvolvimento acima de tudo, porém, já com a contradição da utilização de um conhecimento que seria em prol da humanidade para o seu próprio extermínio.
E o mundo nunca parou. Em 1957, em plena Guerra Fria, os soviéticos dispostos a provar sua superioridade tecnológica, enviaram ao espaço o Sputnik, primeiro satélite da história, deixando os norte-americanos em pânico. Anos mais tarde astronautas dos EUA chegaram à lua. Literalmente, o céu passou a ser o limite.
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Hoje, a inovação tecnológica está cada vez mais em alta. E aí chegam as redes sociais, que conectaram o mundo e derrubaram as fronteiras. O objetivo é facilitar e potencializar a comunicação, integrando pessoas. No entanto, mais uma vez, entra o fator humano que, não satisfeito com os benefícios, passa a utilizá-las de forma tóxica e até com crimes cometidos, muitas vezes, por pessoas que acreditam estarem protegidas pelo anonimato.
Assim, ao longo dos anos não foram poucas as vítimas de práticas ilícitas, golpes, fraudes, além de enxurradas de agressões, preconceitos, como racismo, homofobia, xenofobia, entre tantos outros. De novo, a premissa da inovação tecnológica é deturpada e utilizada para o mal.
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Mas há luz no fim do túnel. O mundo todo começa a se manifestar, como as grandes empresas que suspenderam investimentos publicitários para pressionar os responsáveis por um filtro mais eficaz contra conteúdos de cunho racista, preconceituoso, de ódio etc.
Utilizar a tecnologia e a inteligência, incluindo a artificial, para o mal não é algo novo. Mas a atitude de parte dos usuários está fazendo com que as pessoas de bem (que ainda são a maioria) fiquem mais atentas, repudiando atitudes ofensivas, fake news e, como consumidores, sensibilizando as marcas para que possamos frear o lado obscuro do ser humano no ambiente online.
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Que tudo isso seja um sinal de tempos melhores para o mundo não só virtual como físico.

*Marcos Espínola é advogado e especialista em Segurança Pública