Maria Dolores opinião - divulgação
Maria Dolores opiniãodivulgação
Por Maria Dolores*
No dia 3 de dezembro é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Já inicio dizendo que deveria ser da pessoa com (d)eficiência pois, é necessário sermos muito eficientes para vivermos em uma sociedade deficiente, repleta de obstáculo em que a cada dia, direitos já conquistados são desrespeitados ou deslegitimados. São negados a nós, o direito de sermos diferentes e termos possibilidades e singularidades respeitadas.
Para construirmos uma sociedade, uma educação para todos, é necessário perguntarmos para que TODOS? Estamos abertos, para aqueles e aquelas que fazemos Educação inclusiva na escola e no conviver da sociedade? Se na escola e na sociedade não couber a diversidade de sujeitos, com suas especificidades, se não garantirmos uma Educação de qualidade com equidade e respeito, trazendo, ofertando recursos diferentes e provendo formações continuadas de todos que compõem o espaço educacional para apreenderem a reeducar o olhar e o agir com a diversidade, estaremos criando leis para o vazio, para um TODOS que não existe.
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Os sujeitos são tão únicos quantos são as modalidades de aprendizagem. Respeitando tempo, necessidades e recursos de cada criança, jovem ou adulto e, acima de tudo, promovendo a construção de ambientes
formativos com laços de afeto e compromisso com o ato de educar. Equidade é respeito a diversidade.
Ofertar a diferença de recursos para atender as necessidades singulares, olhando para cada um como único, teceremos uma educação para todos. Pessoas são diferentes e tem direitos iguais. Na diversidade, para a igualdade existir é necessário equidade, estimular, fazer emergir potencialidades, não com caridade, e sim com dignidade. Promovendo políticas públicas, formação de educadores, estrutura adequada para pessoas com deficiência, cuidando e acolhendo educadores e educandos.
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Incluir é construir lugares de pertencimento, é fazer com que todos os lugares sejam espaços de luz e sol para cada ser existir em sua máxima potência, legitimidade, criatividade e humanidade. Incluir é desfazes “nós” enquanto substantivo, e reconstruir um “Nós” pronome plural refazendo laços de ligação do humano do humano, de belezura, fraternura e companheirismo que brilham naquilo que o humano tem de mais
valioso em si: a sensibilidade, a poética, a poesia de viver a vida com leveza e alegria. Deste modo, vamos investir e acreditar no Educador, no Educando e no ato de educar!
É autora do livro “Favorecendo a inclusão pelos caminhos do coração”
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