Publicado 03/03/2021 05:50
O Dia Internacional da Mulher - 8 de Março - se aproxima, mas, apesar de todo o simbolismo que a data carrega, este artigo não é sobre isso. Que tal falarmos de negócios? Ou melhor, das mulheres nos negócios. Você, empreendedora, sabia que nós somos 26 milhões em todo o país? Não somos poucas. Porém, são muitos os desafios que se impõem a nós.
Segundo o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, o mais recente disponível, no Brasil a taxa de mulheres consideradas empreendedoras estabelecidas – aquelas que administram um negócio consolidado, que pagou salário dos funcionários mais o seu pró-labore por mais de três anos e meio – é de 13,9% contra 18,4% dos homens. Mas a que se devem esses quase cinco pontos percentuais de diferença, que, segundo a pesquisa, equivalem a aproximadamente três milhões de homens a mais em relação às mulheres?
Não é possível apontar um único motivo, porém, o próprio relatório da GEM cita dois que chamam a atenção: o primeiro é que muitas mulheres empreendem por necessidade, apenas para ajudar com a renda de casa; e o segundo são os aspectos socioculturais ainda muito enraizados na nossa sociedade, como o maior envolvimento das delas com as atividades domésticas. Em outras palavras, por terem de ser donas do próprio negócio e “donas de casa”, muitas acabam priorizando a segunda opção e, com isso, não alcançam a tão almejada consolidação da empresa.
E como reverter isso? Com rede de apoio, principalmente de outras empreendedoras. Não é à toa que no Belina Ateliê, desde a sua criação, em 2018, o nosso principal lema é “quando mulheres se apoiam, coisas incríveis acontecem”. Porque “fazer acontecer” nem sempre depende só de você. E não há nada de errado nisso! Não se deixe dominar pelo “complexo da Mulher Maravilha”.
Empreender é, antes de tudo, planejar. E esse planejamento envolve finanças, análise da concorrência, tomada de decisões e reserva de tempo, mas também parcerias. Casada ou não, com ou sem filhos, se você decidiu empreender, seja por necessidade ou por oportunidade, cabe a você escolher o que é melhor, desde que se sinta realizada. E, para isso, lembre-se: precisamos estar juntas, sem jamais soltar as mãos umas das outras.
É economista e sócia do Belina Ateliê
É economista e sócia do Belina Ateliê
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