Publicado 01/05/2021 06:10 | Atualizado 01/05/2021 11:48
Da tristeza da perda e ausências, a insegurança com empregos e condições dignas de sobrevivência. Um verdadeiro caos, em que todos perdemos colegas, muitos perderam empregos, e a maioria dorme sem enxergar a luz no fim do túnel que a vacinação poderia representar.
Enquanto o Brasil registrou dez novos bilionários desde março de 2020 (segundo a Revista Forbes), justamente quando começou oficialmente a pandemia do novo coronavírus, a taxa de desemprego no país chegou a quase 15% no primeiro trimestre de 2021, de acordo com o IBGE. Diante deste cenário, como o governo Bolsonaro trata a classe trabalhadora? Patinando para entregar um auxílio emergencial drasticamente reduzido, e sem garantir medidas de seguridade social.
Ao invés de seguir a Ciência, com vacinação em massa, distanciamento social e uso de máscaras, a estratégia do Poder Executivo nas três esferas (federal, estadual e municipal) foi se eximir de culpa e tentar diminuir o papel do Estado como provedor de políticas públicas. Um exemplo disso é a PEC 32 (Reforma Administrativa), que visa fragilizar servidores e sucatear o atendimento público à população.
Na Educação, fomos taxados de “vagabundos” (Ricardo Barroso - Progressistas) por parlamentares quando nos recusamos a voltar às aulas presencias. Isso mesmo diante de um estudo realizado em São Paulo que aponta incidência três vezes maior de contaminação entre profissionais de Educação. Aqui é preciso dizer objetivamente: como professora, afirmo, queremos trabalhar. No entanto, políticas como o veto ao PL da Internet Grátis Para Alunos e Professores representam um apagão.
Mesmo diante do caos descrito até aqui, é possível transformar nossa indignação em ação coletiva. Vide o caso da Cedae. Após anos de investida por sua privatização, trabalhadores e cidadãos ainda resistem em torno de um interesse comum. Água não é mercadoria. Educação e Saúde também não.
Continuaremos resistindo. Livro na mão, vacina no braço e comida no prato é a nossa luta diante do caos.
É vice-presidente da CUT-RJ e da direção do SEPE-RJ e do SinproRio
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