Publicado 25/05/2021 06:10
A brasileira Cristianny Fernandes de Sousa morreu aqui na Bélgica, no dia 9 de maio deste ano, levando consigo um sonho não realizado: buscar uma vida melhor em outro país. A jovem faleceu aos 30 anos de idade por causa de um câncer no útero. De acordo com a família da moça, ela sofreu abusos e foi mantida em cativeiro após viajar para o país em 2019. Uma sobrinha de Cristianny, relatou que a tia recebeu uma proposta de emprego na área de limpeza por parte de um homem que havia conhecido pela internet. Ele teria pago as passagens de avião para a tia. No entanto, depois que ela desembarcou em Bruxelas, o homem a manteve em cárcere privado na casa dele.
Um sonho transformado em pesadelo. Infelizmente, essa é uma realidade muito comum aos que seguem os mesmos passos de Cristianny e trocam a vida no Brasil por uma oportunidade de trabalho no exterior. Essas pessoas, geralmente, acreditam em promessas de trabalho fácil ou romances encantados e acabam vítimas de trabalho escravo, envolvidas em dívidas (às vezes inventadas), chantagem, submissão e abuso.
O Projeto Resgate, que auxilia brasileiros vítimas de tráfico de seres humanos, atua na Suíça, Alemanha e Itália. A maioria das vítimas resgatadas pela ONG é composta por mulheres na faixa dos 30 anos de idade, que só estudaram até o terceiro ano do ensino primário. Elas normalmente estão no Brasil em condição socioeconômica de pobreza e são atraídas por ofertas de vagas para babá e faxineira.
Mas o que acontece com essas pessoas quando percebem que as coisas começam a mudar o rumo planejado? Muitas demoram a enxergar que estão em regime de abuso ou têm medo de denunciar.
É claro que essa realidade atinge vítimas de muitos outros países além do Brasil. A situação é tão grave que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem um departamento de combate ao tráfico de seres humanos na UNODC, a agência da ONU contra Drogas e Crime. E os dados revelam que, para cada vítima registrada, há pelo menos outras cinco que não são identificadas, o que favorece a impunidade.
É importante que a vítima se encoraje e denuncie. O melhor caminho é procurar os consulados e as embaixadas, independentemente de estar regular ou não no país de destino.
Como diz o ditado popular, se conselho fosse bom, seria vendido. Mas, como jornalista, sinto-me no meu papel de ajudar por meio da informação. Aos jovens que almejam viver no exterior, eu digo: Não acreditem em promessas fáceis. Se forem trabalhar, precisam conferir a reputação da agência, a situação do visto, para ver se é sólida a oportunidade de emprego. Usem a internet e as redes sociais para pesquisar sobre as pessoas que oferecem emprego. Verifiquem com cuidado as propostas de trabalho, peçam garantias e, se não sentirem segurança, não aceitem.
É muito importante divulgar que existem as redes de apoio e o suporte dos consulados para que outras histórias não tenham o mesmo desfecho do caso de Cristianny.
Um sonho transformado em pesadelo. Infelizmente, essa é uma realidade muito comum aos que seguem os mesmos passos de Cristianny e trocam a vida no Brasil por uma oportunidade de trabalho no exterior. Essas pessoas, geralmente, acreditam em promessas de trabalho fácil ou romances encantados e acabam vítimas de trabalho escravo, envolvidas em dívidas (às vezes inventadas), chantagem, submissão e abuso.
O Projeto Resgate, que auxilia brasileiros vítimas de tráfico de seres humanos, atua na Suíça, Alemanha e Itália. A maioria das vítimas resgatadas pela ONG é composta por mulheres na faixa dos 30 anos de idade, que só estudaram até o terceiro ano do ensino primário. Elas normalmente estão no Brasil em condição socioeconômica de pobreza e são atraídas por ofertas de vagas para babá e faxineira.
Mas o que acontece com essas pessoas quando percebem que as coisas começam a mudar o rumo planejado? Muitas demoram a enxergar que estão em regime de abuso ou têm medo de denunciar.
É claro que essa realidade atinge vítimas de muitos outros países além do Brasil. A situação é tão grave que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem um departamento de combate ao tráfico de seres humanos na UNODC, a agência da ONU contra Drogas e Crime. E os dados revelam que, para cada vítima registrada, há pelo menos outras cinco que não são identificadas, o que favorece a impunidade.
É importante que a vítima se encoraje e denuncie. O melhor caminho é procurar os consulados e as embaixadas, independentemente de estar regular ou não no país de destino.
Como diz o ditado popular, se conselho fosse bom, seria vendido. Mas, como jornalista, sinto-me no meu papel de ajudar por meio da informação. Aos jovens que almejam viver no exterior, eu digo: Não acreditem em promessas fáceis. Se forem trabalhar, precisam conferir a reputação da agência, a situação do visto, para ver se é sólida a oportunidade de emprego. Usem a internet e as redes sociais para pesquisar sobre as pessoas que oferecem emprego. Verifiquem com cuidado as propostas de trabalho, peçam garantias e, se não sentirem segurança, não aceitem.
É muito importante divulgar que existem as redes de apoio e o suporte dos consulados para que outras histórias não tenham o mesmo desfecho do caso de Cristianny.
*É jornalista e escritora
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