Publicado 29/06/2021 05:50
A Zona Oeste é a maior região da cidade do Rio. São 42 bairros em 74% do território municipal, onde, em 2010, já moravam aproximadamente dois milhões e 400 mil pessoas. São 17 praias e uma restinga, a maior extensão litorânea do município. É possível visitar oito parques públicos, tomar banho em cachoeiras, visitar museus, se encantar com a obra magistral do Sítio Roberto Burle Marx e conhecer um pouco mais a história da família real portuguesa no Palacete Princesa Isabel.
Apesar da grandiosidade, os investimentos públicos quase não chegam na região. Campo Grande, que é o bairro com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da área, está em 15º lugar no ranking geral do Rio. Os dados só reforçam a necessidade de fazer um debate amplo e democrático sobre o Plano Diretor, que determina o planejamento urbano para os próximos dez anos. Este é um instrumento que deve ser construído coletivamente e com participação popular, para garantir o desenvolvimento de leis, estratégias e estudos que auxiliem na construção de uma cidade mais justa.
Este ano acontece a revisão deste plano, uma oportunidade de diagnosticar e observar os avanços e retrocessos na gestão e no desenvolvimento do município e de ouvir as diversas populações que vivenciam os problemas da cidade. E quem é da Zona Oeste enfrenta muitos desafios! Falta abastecimento de água e saneamento básico, transporte de qualidade, mobilidade urbana, equipamentos culturais e redes de saúde e creches que consigam atender à enorme população da região.
Sabemos que cabe ao Poder Executivo organizar o Plano Diretor, mas a responsabilidade não é só do Executivo. Cabe também ao Legislativo que fará a análise, discutirá e dará, com sua aprovação, a palavra final. A mobilização e intervenção da sociedade civil, devidamente organizada, será fundamental para garantir que o processo seja participativo e democrático. a situação econômica, social e sanitária precisa ser avaliada com bom senso, ouvir a população que vive o seu próprio cotidiano é chave desse processo. Ainda mais em plena pandemia. Não há a necessidade de atropelos!
Conduzir esse processo apenas por meio virtual reafirma a exclusão social dos grupos que não têm acesso à tecnologia necessária para participar por estes meios, os mais pobres da cidade, com pouco ou nenhum acesso à internet, smartphones e computadores e etc.
Já na primeira reunião do Conselho Municipal de Políticas Urbanas, realizada junto à Secretaria de Urbanismo, não houve consenso em relação ao cronograma de trabalho proposto pela prefeitura, que se mostrou irredutível em relação a mudanças no calendário e a novas propostas.
A Zona Oeste é grande em números e em importância. Os moradores precisam ser ouvidos. Tapar buracos e reformar praças é importante sim, mas precisamos de uma política urbana estrutural, construída com os moradores. O modo pelo qual trataremos a ligação da Zona Oeste com o resto do contexto da Cidade do Rio de Janeiro definirá os rumos desse município, não somente nos próximos 10 anos, mas para um futuro mais longínquo.
Apesar da grandiosidade, os investimentos públicos quase não chegam na região. Campo Grande, que é o bairro com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da área, está em 15º lugar no ranking geral do Rio. Os dados só reforçam a necessidade de fazer um debate amplo e democrático sobre o Plano Diretor, que determina o planejamento urbano para os próximos dez anos. Este é um instrumento que deve ser construído coletivamente e com participação popular, para garantir o desenvolvimento de leis, estratégias e estudos que auxiliem na construção de uma cidade mais justa.
Este ano acontece a revisão deste plano, uma oportunidade de diagnosticar e observar os avanços e retrocessos na gestão e no desenvolvimento do município e de ouvir as diversas populações que vivenciam os problemas da cidade. E quem é da Zona Oeste enfrenta muitos desafios! Falta abastecimento de água e saneamento básico, transporte de qualidade, mobilidade urbana, equipamentos culturais e redes de saúde e creches que consigam atender à enorme população da região.
Sabemos que cabe ao Poder Executivo organizar o Plano Diretor, mas a responsabilidade não é só do Executivo. Cabe também ao Legislativo que fará a análise, discutirá e dará, com sua aprovação, a palavra final. A mobilização e intervenção da sociedade civil, devidamente organizada, será fundamental para garantir que o processo seja participativo e democrático. a situação econômica, social e sanitária precisa ser avaliada com bom senso, ouvir a população que vive o seu próprio cotidiano é chave desse processo. Ainda mais em plena pandemia. Não há a necessidade de atropelos!
Conduzir esse processo apenas por meio virtual reafirma a exclusão social dos grupos que não têm acesso à tecnologia necessária para participar por estes meios, os mais pobres da cidade, com pouco ou nenhum acesso à internet, smartphones e computadores e etc.
Já na primeira reunião do Conselho Municipal de Políticas Urbanas, realizada junto à Secretaria de Urbanismo, não houve consenso em relação ao cronograma de trabalho proposto pela prefeitura, que se mostrou irredutível em relação a mudanças no calendário e a novas propostas.
A Zona Oeste é grande em números e em importância. Os moradores precisam ser ouvidos. Tapar buracos e reformar praças é importante sim, mas precisamos de uma política urbana estrutural, construída com os moradores. O modo pelo qual trataremos a ligação da Zona Oeste com o resto do contexto da Cidade do Rio de Janeiro definirá os rumos desse município, não somente nos próximos 10 anos, mas para um futuro mais longínquo.
*Deputado estadual e **vereador, ambos do PSOL do Rio
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