Publicado 20/08/2021 06:00
Dia 19 de agosto foi o Dia Nacional do Ciclista. A data está incorporada ao calendário oficial em 2017 e recorda o atropelamento do jovem biólogo Pedro Davison, ocorrido em 2006, como forma de aumentar a visibilidade da pauta e promover, de forma ampla, a segurança viária a todos que usam a bicicleta das mais diversas formas. A construção de cidades mais cicláveis passa necessariamente pela proteção da vida e do direito de acesso e fruição do espaço público.
A última década apresentou marcos legais e de planejamento fundamentais no sentido da promoção deste modal. Destaco, no âmbito nacional, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que, entre outros avanços, institui a premissa de planejamento conhecida como “Pirâmide Invertida do Trânsito”, na qual os meios não motorizados (caminhada e bicicleta) têm prioridade máxima sobre aqueles movidos a motor.
Em Niterói, a criação do Programa Niterói de Bicicleta, em 2013, iniciou um ciclo de planejamento e desenvolvimento das políticas para a bicicleta. Em 2015, foi concluído o plano cicloviário participativo, que aponta as diretivas para a construção da infraestrutura cicloviária do município. Em 2019, foi publicada a revisão do Plano Diretor, que insere a promoção do uso da bicicleta como um de seus objetivos estratégicos; o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, em fase de promulgação, ecoa estas diretrizes e, em sua modelagem, aponta o incentivo à pedalada como uma das mais efetivas formas de reduzir os tempos de deslocamento casa-trabalho.
O conteúdo destas peças é consonante ao abordar de forma ativa a questão do ciclismo: promover condições adequadas para quem já usa a bicicleta e incentivar que cada vez mais pessoas pedalem. Incorporam, desta forma, um consenso sobre o que este modal pode oferecer ao conjunto da sociedade, ciclistas ou não.
A Coordenadoria Niterói de Bicicleta, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, adota a ferramenta HEAT (Ferramenta de Análise de Saúde e Econômica, em tradução livre do acrônimo) que mensura objetivamente os ganhos que uma cidade pode ter ao promover o ciclismo e a caminhada. Foi testado modelo correspondente à meta do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) de Niterói para o ciclismo que busca a elevação da proporção de viagens de bicicleta para 14% do total até 2030.
Neste cenário, serão evitadas diretamente 30 mortes por ano por enfermidades não transmissíveis (doenças coronarianas, por exemplo) por conta do aumento na taxa de atividade física da população. No que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa, 124 mil toneladas de CO2 deixarão de ser lançados na atmosfera. É o equivalente a 29 mil horas de voo de um avião comercial lotado.
A última década apresentou marcos legais e de planejamento fundamentais no sentido da promoção deste modal. Destaco, no âmbito nacional, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que, entre outros avanços, institui a premissa de planejamento conhecida como “Pirâmide Invertida do Trânsito”, na qual os meios não motorizados (caminhada e bicicleta) têm prioridade máxima sobre aqueles movidos a motor.
Em Niterói, a criação do Programa Niterói de Bicicleta, em 2013, iniciou um ciclo de planejamento e desenvolvimento das políticas para a bicicleta. Em 2015, foi concluído o plano cicloviário participativo, que aponta as diretivas para a construção da infraestrutura cicloviária do município. Em 2019, foi publicada a revisão do Plano Diretor, que insere a promoção do uso da bicicleta como um de seus objetivos estratégicos; o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, em fase de promulgação, ecoa estas diretrizes e, em sua modelagem, aponta o incentivo à pedalada como uma das mais efetivas formas de reduzir os tempos de deslocamento casa-trabalho.
O conteúdo destas peças é consonante ao abordar de forma ativa a questão do ciclismo: promover condições adequadas para quem já usa a bicicleta e incentivar que cada vez mais pessoas pedalem. Incorporam, desta forma, um consenso sobre o que este modal pode oferecer ao conjunto da sociedade, ciclistas ou não.
A Coordenadoria Niterói de Bicicleta, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, adota a ferramenta HEAT (Ferramenta de Análise de Saúde e Econômica, em tradução livre do acrônimo) que mensura objetivamente os ganhos que uma cidade pode ter ao promover o ciclismo e a caminhada. Foi testado modelo correspondente à meta do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) de Niterói para o ciclismo que busca a elevação da proporção de viagens de bicicleta para 14% do total até 2030.
Neste cenário, serão evitadas diretamente 30 mortes por ano por enfermidades não transmissíveis (doenças coronarianas, por exemplo) por conta do aumento na taxa de atividade física da população. No que diz respeito às emissões de gases do efeito estufa, 124 mil toneladas de CO2 deixarão de ser lançados na atmosfera. É o equivalente a 29 mil horas de voo de um avião comercial lotado.
O uso da bicicleta nas cidades promove ainda maior vitalidade urbana, segurança pública através de ruas mais movimentadas. O comércio local, apontam pesquisas, vende mais em ruas onde mais pessoas passam pedalando. É um meio de transporte democrático e de baixo custo, promovendo oportunidades de trabalho, qualificação, cultura e inclusão às camadas mais vulneráveis.
Ruas com infraestrutura cicloviária tendem a ser mais amigáveis e silenciosas a todos e, por fim, uma vez que aqueles que desejam passam a deixar o carro na garagem para ir de bike, o trânsito permanece livre para quem necessita usar o automóvel.
Os objetivos relacionados à visibilidade desta pauta que estão vinculados ao Dia do Ciclista são, portanto, do direto interesse dos que habitam as cidades. Tornar nossas ruas mais seguras aos ciclistas (também em potencial) é parte do conjunto de transformações que se alinham aos desafios urbanos de nossos tempos. Por esse motivo, desejo que todos tenham passado um feliz Dia Nacional dos Ciclistas, ciclistas ou não.
Os objetivos relacionados à visibilidade desta pauta que estão vinculados ao Dia do Ciclista são, portanto, do direto interesse dos que habitam as cidades. Tornar nossas ruas mais seguras aos ciclistas (também em potencial) é parte do conjunto de transformações que se alinham aos desafios urbanos de nossos tempos. Por esse motivo, desejo que todos tenham passado um feliz Dia Nacional dos Ciclistas, ciclistas ou não.
Filipe Simões é responsável pela Coordenadoria Niterói de Bicicleta da Prefeitura de Niterói. Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com o tema Migração Modal e Mobilidade por Bicicleta. É ciclista urbano e entusiasta da bike como solução de transportes nas cidades brasileiras
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