Publicado 23/08/2021 06:00
Em agosto, celebramos os 15 anos da Lei Maria da Penha e seus avanços na legislação brasileira, referência internacional no âmbito dos direitos das mulheres. Apesar da conquista, os dados são alarmantes. O Brasil ainda ocupa o quinto lugar no ranking mundial das violências contra as mulheres. A pandemia e o necessário isolamento social agravaram a situação e escancararam que nossos principais agressores estão dentro das nossas casas. De março a dezembro de 2020, mais de 250 mulheres foram vítimas de violência por dia no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Destes crimes, 74,9% ocorreram dentro das suas residências.
Perdemos mulheres para uma cultura que insiste na desvalorização e objetificação das nossas vidas, tornando nossas existências descartáveis. Encarar e transformar esta realidade é uma responsabilidade coletiva. Nossas frentes precisam ser plurais para enfrentar um problema complexo. No Rio, há oito meses temos uma missão: tornar a nossa cidade referência na equidade de gênero e segura para todas as mulheres que vivem, trabalham ou transitam por ela. Essa transformação passa pelo acesso aos direitos e pela promoção da autonomia econômica.
Quando falamos de feminicídios, o primeiro passo deve ser a prevenção. Mas sabemos que vivemos em uma realidade desigual e a denúncia, para muitas, pode representar um risco maior, seja pelo território onde vivem ou por não terem os recursos necessários para buscar ajuda e sair do ciclo da violência.
É necessário democratizar o acesso à cidade e aos serviços públicos, levando para os territórios com maiores índices de violência, equipamentos que garantam os direitos das mulheres. Uma das ações que a Prefeitura do Rio vai colocar em prática ainda este ano será a abertura dos Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher na Zona Oeste e na Zona Norte.
Mas hoje, sem esperar um minuto a mais, o que todas e todos podemos fazer é divulgar os canais já existentes e encorajar as mulheres a buscarem ajuda. Mesmo aquelas que ainda não desejem realizar uma denúncia, podem acessar os serviços de apoio psicossocial e jurídico.
No Rio contamos com o Centro Especializado de Atendimento à Mulher - Chiquinha Gonzaga, que fica na Rua Benedito Hipólito 125 e, também faz atendimentos pelo WhatsApp (21) 98555-2151. Além disso, disponibilizamos nos canais da Central de Atendimento 1746 (disponíveis pelo telefone, WhatsApp, portal, aplicativo e Facebook) todas as informações sobre os serviços de atendimento às mulheres.
Qualquer violência contra a mulher pode ser denunciada pelo Disque 180, que também dá orientações e encaminhamento às mulheres que buscam ajuda. Em caso de emergência, a polícia pode ser acionada pelo Disque 190.
O nosso sonho começa com um primeiro passo: que toda mulher no Rio busque e encontre a ajuda necessária para romper com o ciclo da violência. Como afirma a escritora e ativista Audre Lorde: "Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas".
Perdemos mulheres para uma cultura que insiste na desvalorização e objetificação das nossas vidas, tornando nossas existências descartáveis. Encarar e transformar esta realidade é uma responsabilidade coletiva. Nossas frentes precisam ser plurais para enfrentar um problema complexo. No Rio, há oito meses temos uma missão: tornar a nossa cidade referência na equidade de gênero e segura para todas as mulheres que vivem, trabalham ou transitam por ela. Essa transformação passa pelo acesso aos direitos e pela promoção da autonomia econômica.
Quando falamos de feminicídios, o primeiro passo deve ser a prevenção. Mas sabemos que vivemos em uma realidade desigual e a denúncia, para muitas, pode representar um risco maior, seja pelo território onde vivem ou por não terem os recursos necessários para buscar ajuda e sair do ciclo da violência.
É necessário democratizar o acesso à cidade e aos serviços públicos, levando para os territórios com maiores índices de violência, equipamentos que garantam os direitos das mulheres. Uma das ações que a Prefeitura do Rio vai colocar em prática ainda este ano será a abertura dos Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher na Zona Oeste e na Zona Norte.
Mas hoje, sem esperar um minuto a mais, o que todas e todos podemos fazer é divulgar os canais já existentes e encorajar as mulheres a buscarem ajuda. Mesmo aquelas que ainda não desejem realizar uma denúncia, podem acessar os serviços de apoio psicossocial e jurídico.
No Rio contamos com o Centro Especializado de Atendimento à Mulher - Chiquinha Gonzaga, que fica na Rua Benedito Hipólito 125 e, também faz atendimentos pelo WhatsApp (21) 98555-2151. Além disso, disponibilizamos nos canais da Central de Atendimento 1746 (disponíveis pelo telefone, WhatsApp, portal, aplicativo e Facebook) todas as informações sobre os serviços de atendimento às mulheres.
Qualquer violência contra a mulher pode ser denunciada pelo Disque 180, que também dá orientações e encaminhamento às mulheres que buscam ajuda. Em caso de emergência, a polícia pode ser acionada pelo Disque 190.
O nosso sonho começa com um primeiro passo: que toda mulher no Rio busque e encontre a ajuda necessária para romper com o ciclo da violência. Como afirma a escritora e ativista Audre Lorde: "Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas".
Joyce Trindade é secretária de Políticas e Promoção da Mulher do Rio
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