Publicado 15/09/2021 06:00
Desde o início de 2021, a cidade do Rio tem feito um grande esforço para se reerguer e superar a crise, agravada pela pandemia. A sociedade civil, diferentes segmentos da Economia, entidades e a política estão unidas, buscando construir caminhos para que a cidade volte a crescer, gerar empregos e se desenvolver. Na Câmara Municipal, temos discutido e aprovado leis fundamentais tanto para a área econômica quanto no plano urbanístico, para reverter o esvaziamento da nossa cidade maravilhosa.
Votamos no primeiro semestre o Reviver Centro, legislação inédita que visa reocupar a área central misturando moradias e negócios, e nos preparamos agora para votar o Projeto de Lei Complementar 136, que trata da chamada reconversão de imóveis tombados e protegidos.
Para se ter uma ideia, temos hoje no Rio mais de 12 mil imóveis nessas duas categorias. São edificações importantes, históricas, mas que em muitos casos encontram-se em estado de abandono e deterioração. São muitos os casos de casarões antigos que não são mantidos adequadamente porque os herdeiros da propriedade não têm os recursos para as obras necessárias ou mesmo o interesse de manter o uso unifamiliar em uma construção de grandes dimensões.
Para proteger de fato esses bens, não basta apenas o tombamento, a ação burocrática que visa manter as características originais. É preciso garantir sua permanência, seu uso, do contrário a preservação não passa de um papel guardado numa gaveta, enquanto vemos bens históricos com grande potencial de uso literalmente caírem aos pedaços.
Mais de 90% desses imóveis estão na região do centro e Zona Sul, áreas muito valorizadas da nossa cidade, com potencial enorme para gerar renda, emprego e movimento nos bairros. Locais como o histórico bairro de Santa Teresa, hoje esvaziada e repleta de casarões abandonados, podem ganhar um novo dinamismo com essa legislação.
Já temos na cidade exemplos de prédios históricos que foram reconvertidos e hoje dão vida nova ao seu entorno, como o Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá. Mas falta uma legislação completa e clara para que esse mecanismo passe a ser usado com regularidade. O PLC 136 vem justamente para preencher essa lacuna, regular a reconversão e o retrofit dos imóveis e garantir que teremos eles em nossa paisagem por muito tempo.
As preocupações sobre o aumento de trânsito em bairros residenciais, com a conversão de imóveis unifamiliares para multifamiliares, entre outras mudanças previstas no projeto, são legítimas. A atual proposta já vem sendo calibrada pela Câmara em diálogo permanente com a Prefeitura, e seguiremos ajustando detalhes para não gerar distorções. O projeto prevê, por exemplo, que podem ser exigidos estudos de impacto de vizinhança, tratamento acústico, restrições a carga e descarga no caso de imóveis comerciais, entre outras restrições. Não se trata de uma liberação irrestrita.
Trata-se de um projeto fundamental para o desafio que o Rio vive e que já está sendo superado. É uma proposta que, junto com o Reviver Centro, segue a tendência internacional da sustentabilidade nas cidades, ao promover a recuperação de prédios já existentes, aproveitando assim os recursos já utilizados naquele local.
Para se ter uma ideia, temos hoje no Rio mais de 12 mil imóveis nessas duas categorias. São edificações importantes, históricas, mas que em muitos casos encontram-se em estado de abandono e deterioração. São muitos os casos de casarões antigos que não são mantidos adequadamente porque os herdeiros da propriedade não têm os recursos para as obras necessárias ou mesmo o interesse de manter o uso unifamiliar em uma construção de grandes dimensões.
Para proteger de fato esses bens, não basta apenas o tombamento, a ação burocrática que visa manter as características originais. É preciso garantir sua permanência, seu uso, do contrário a preservação não passa de um papel guardado numa gaveta, enquanto vemos bens históricos com grande potencial de uso literalmente caírem aos pedaços.
Mais de 90% desses imóveis estão na região do centro e Zona Sul, áreas muito valorizadas da nossa cidade, com potencial enorme para gerar renda, emprego e movimento nos bairros. Locais como o histórico bairro de Santa Teresa, hoje esvaziada e repleta de casarões abandonados, podem ganhar um novo dinamismo com essa legislação.
Já temos na cidade exemplos de prédios históricos que foram reconvertidos e hoje dão vida nova ao seu entorno, como o Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá. Mas falta uma legislação completa e clara para que esse mecanismo passe a ser usado com regularidade. O PLC 136 vem justamente para preencher essa lacuna, regular a reconversão e o retrofit dos imóveis e garantir que teremos eles em nossa paisagem por muito tempo.
As preocupações sobre o aumento de trânsito em bairros residenciais, com a conversão de imóveis unifamiliares para multifamiliares, entre outras mudanças previstas no projeto, são legítimas. A atual proposta já vem sendo calibrada pela Câmara em diálogo permanente com a Prefeitura, e seguiremos ajustando detalhes para não gerar distorções. O projeto prevê, por exemplo, que podem ser exigidos estudos de impacto de vizinhança, tratamento acústico, restrições a carga e descarga no caso de imóveis comerciais, entre outras restrições. Não se trata de uma liberação irrestrita.
Trata-se de um projeto fundamental para o desafio que o Rio vive e que já está sendo superado. É uma proposta que, junto com o Reviver Centro, segue a tendência internacional da sustentabilidade nas cidades, ao promover a recuperação de prédios já existentes, aproveitando assim os recursos já utilizados naquele local.
Como diz o lema da campanha “Retrofirst”, lançada na Inglaterra para incentivar a recuperação de construções em vez da construção de novos imóveis, o prédio mais ecológico que existe é aquele que já existe. E o Rio tem a chance de, em uma só tacada, recuperar imóveis e áreas degradadas e promover a sustentabilidade na requalificação do nosso ambiente urbano.
Átila A.Nunes é vereador e líder do governo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
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