Publicado 21/09/2021 06:00
A CPI da Pandemia representou um grande avanço para o enfrentamento da crise sanitária que há mais de um ano assola o país e que já ceifou a vida de quase 600 mil brasileiros. Desde a sua instalação pelo Senado Federal diversos avanços foram verificados, especialmente em nossa campanha de vacinação. Mas não só isso: as investigações sobre as causas do agravamento da pandemia no Brasil mostraram que não apenas a negligência e o descaso foram responsáveis pelo genocídio da população, mas também a corrupção e desvio de recursos públicos.
As primeiras denúncias surgiram após pressões atípicas exercidas sobre um servidor do Ministério da Saúde responsável pela liberação aduaneira das vacinas relatadas em inquérito conduzido pelo Ministério Público. A partir desta denúncia inicial outras foram surgindo, mostrando a extensão do esquema e seu enraizamento no governo federal. Prova disso foi a confecção de um roteiro ensinando a fraudar licitações públicas e posteriormente compartilhado com pessoas e empresas apontados como integrantes do esquema para desvio de recursos.
Os depoimentos colhidos e os documentos anteriormente recebidos pela CPI da Pandemia reforçam a existência do esquema, sendo o silêncio dos acusados de integrá-lo prova inequívoca de que alguma coisa fora do comum permeia as negociações para compra de vacinas e as empresas intermediárias escolhidas para tal. Da mesma forma, as reiteradas tentativas de não comparecimento - ensejando inclusive condução coercitiva para alguns - reforçam a suspeita de malfeitos nas negociatas investigadas pela CPI.
Aliás, o pavor em prestar informações à comissão parlamentar de inquérito é compartilhado entre todos aqueles apontados como peças-chave do esquema, que buscam se escorar em habeas corpus para não serem obrigados a responderem aos questionamentos dos senadores. Quando não se calam, alegam não se lembrar dos fatos ocorridos, mesmo com a profusão de provas documentais das relações próximas desfrutadas pelos envolvidos nas denúncias.
O volume de dados reunidos e o cruzamento de informações evidenciam que a estratégia adotada pelo governo federal tem relação direta com o número de contaminações, óbitos e complicações decorrentes do novo coronavírus. Paralelamente, o esquema criado para desvio de recursos públicos por meio da compra de vacinas atrasou o início da imunização do Brasil, o que também tem relação direta com as inadmissíveis estatísticas relativas à pandemia no país.
A CPI da Pandemia chega em sua reta final e a apresentação do relatório está programada para as próximas semanas. Nele, serão reunidos robustos elementos que mostram que a tragédia humana e social causada pelo coronavírus no Brasil não foi fruto do acaso, mas resultado direto da negligência do governo federal e dos esquemas montados por seus integrantes para desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito. Seus crimes não ficarão impunes!
As primeiras denúncias surgiram após pressões atípicas exercidas sobre um servidor do Ministério da Saúde responsável pela liberação aduaneira das vacinas relatadas em inquérito conduzido pelo Ministério Público. A partir desta denúncia inicial outras foram surgindo, mostrando a extensão do esquema e seu enraizamento no governo federal. Prova disso foi a confecção de um roteiro ensinando a fraudar licitações públicas e posteriormente compartilhado com pessoas e empresas apontados como integrantes do esquema para desvio de recursos.
Os depoimentos colhidos e os documentos anteriormente recebidos pela CPI da Pandemia reforçam a existência do esquema, sendo o silêncio dos acusados de integrá-lo prova inequívoca de que alguma coisa fora do comum permeia as negociações para compra de vacinas e as empresas intermediárias escolhidas para tal. Da mesma forma, as reiteradas tentativas de não comparecimento - ensejando inclusive condução coercitiva para alguns - reforçam a suspeita de malfeitos nas negociatas investigadas pela CPI.
Aliás, o pavor em prestar informações à comissão parlamentar de inquérito é compartilhado entre todos aqueles apontados como peças-chave do esquema, que buscam se escorar em habeas corpus para não serem obrigados a responderem aos questionamentos dos senadores. Quando não se calam, alegam não se lembrar dos fatos ocorridos, mesmo com a profusão de provas documentais das relações próximas desfrutadas pelos envolvidos nas denúncias.
O volume de dados reunidos e o cruzamento de informações evidenciam que a estratégia adotada pelo governo federal tem relação direta com o número de contaminações, óbitos e complicações decorrentes do novo coronavírus. Paralelamente, o esquema criado para desvio de recursos públicos por meio da compra de vacinas atrasou o início da imunização do Brasil, o que também tem relação direta com as inadmissíveis estatísticas relativas à pandemia no país.
A CPI da Pandemia chega em sua reta final e a apresentação do relatório está programada para as próximas semanas. Nele, serão reunidos robustos elementos que mostram que a tragédia humana e social causada pelo coronavírus no Brasil não foi fruto do acaso, mas resultado direto da negligência do governo federal e dos esquemas montados por seus integrantes para desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito. Seus crimes não ficarão impunes!
Randolfe Rodrigues é senador da Rede-AP
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.