Publicado 11/11/2021 05:00
Estamos na era digital que protagoniza transformações em vários segmentos, dentre eles o financeiro. O problema é quando a inovação traz facilidades, mas também riscos eminentes para o cidadão. O Pix é um dos mais recentes exemplos que surgiu dando carona a novos crimes e ao aumento de outros, algo que precisa de maior atenção das autoridades. Quando se pensa e se lançam inovações é fundamental que haja análise minuciosa de possíveis modalidades de crimes que possam surgir.
O Pix, lançado há um ano e que visa facilitar as transações bancárias digitais, caiu nas graças da população. Podendo ser utilizado 24 horas por dia, tem o diferencial do dinheiro transferido entrar de imediato na conta do beneficiário sem qualquer custo. Estatísticas do Banco Central apontam 263 milhões de chaves cadastradas por 98 milhões de usuários do serviço até junho de 2021.
No entanto, a outra face da história é que logo após o Pix ter sido lançado, criminosos passaram a utilizá-lo para praticar golpes na internet. Um deles é o golpe do cadastro, no qual e-mails, mensagens e mídias sociais falsas de instituições financeiras são enviadas para as pessoas. Os anúncios levam para sites falsos, com o layout igual ao de bancos conhecidos. O site solicita os dados da pessoa, inclusive senhas, o usuário não tem o cadastro do Pix realizado e o golpista passa a ter acesso aos seus dados pessoais.
Outro golpe é o comprovante de Pix falso, no caso de compra e venda entre pessoas físicas feita pela internet, mas com entrega física do produto. O criminoso vai até o local combinado para a entrega, retira o produto e envia por mensagem um comprovante de transferência via Pix, idêntico ao gerado pelo banco, porém falso. Tem ainda o golpe do Pix errado, o do Pix agendado, entre outros.
Somado aos golpes no ambiente online tem o agravo dos sequestros-relâmpagos quando bandidos forçam o indivíduo a realizar transferências. Em São Paulo, o aumento foi de quase 40% desde o lançamento do Pix. Embora não haja estatísticas precisas a média nacional deve girar em torno disso.
O Pix, lançado há um ano e que visa facilitar as transações bancárias digitais, caiu nas graças da população. Podendo ser utilizado 24 horas por dia, tem o diferencial do dinheiro transferido entrar de imediato na conta do beneficiário sem qualquer custo. Estatísticas do Banco Central apontam 263 milhões de chaves cadastradas por 98 milhões de usuários do serviço até junho de 2021.
No entanto, a outra face da história é que logo após o Pix ter sido lançado, criminosos passaram a utilizá-lo para praticar golpes na internet. Um deles é o golpe do cadastro, no qual e-mails, mensagens e mídias sociais falsas de instituições financeiras são enviadas para as pessoas. Os anúncios levam para sites falsos, com o layout igual ao de bancos conhecidos. O site solicita os dados da pessoa, inclusive senhas, o usuário não tem o cadastro do Pix realizado e o golpista passa a ter acesso aos seus dados pessoais.
Outro golpe é o comprovante de Pix falso, no caso de compra e venda entre pessoas físicas feita pela internet, mas com entrega física do produto. O criminoso vai até o local combinado para a entrega, retira o produto e envia por mensagem um comprovante de transferência via Pix, idêntico ao gerado pelo banco, porém falso. Tem ainda o golpe do Pix errado, o do Pix agendado, entre outros.
Somado aos golpes no ambiente online tem o agravo dos sequestros-relâmpagos quando bandidos forçam o indivíduo a realizar transferências. Em São Paulo, o aumento foi de quase 40% desde o lançamento do Pix. Embora não haja estatísticas precisas a média nacional deve girar em torno disso.
Assim, é necessário urgentemente que o sistema financeiro desenvolva medidas que deem maior segurança ao cidadão. Uma delas é uma identificação mais precisa dos usuários, evitando que haja tanta transação com CPFs quentes, mas com a finalidade de lavar dinheiro ou falcatruas de várias espécies, com a utilização de laranjas e até rachadinhas.
A tecnologia é positiva, mas deve ser pensada também com o olhar da segurança. E precisamos ter maior rigor da lei com punições severas, nessa relação entre Pix e crime.
A tecnologia é positiva, mas deve ser pensada também com o olhar da segurança. E precisamos ter maior rigor da lei com punições severas, nessa relação entre Pix e crime.
Marcos Espíndola é advogado criminalista e especialista em segurança pública
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.