Além de monitorar os pacientes, os agentes identificam possíveis agravos e sinalizam para a equipe técnica do PSF do bairro, para executar os cuidados necessários - Divulgação/Prefeitura de Petrópolis
Além de monitorar os pacientes, os agentes identificam possíveis agravos e sinalizam para a equipe técnica do PSF do bairro, para executar os cuidados necessáriosDivulgação/Prefeitura de Petrópolis
Por O Dia
Petrópolis - A prefeitura segue apostando em ações de conscientização como uma das principais armas no combate ao coronavírus em Petrópolis. Além de fazer o trabalho através das equipes de fiscalização, outro serviço importante que tem sido realizado envolve 222 agentes comunitários de saúde. Eles atuam nos bairros para levar para os moradores informações sobre a Covid-19 e formas de prevenção e, caso necessário, fazem o monitoramento pessoas que manifestaram sintomas ou mesmo contraíram a doença. Em quase três meses, os agentes fizeram 36.147 visitas em comunidades.

A participação de toda a população, inclusive dos moradores das comunidades, é fundamental para o combate dessa doença na nossa cidade. Esse trabalho dos agentes comunitários tem um papel extremamente importante que é o de garantir que as informações vão chegar para todas as pessoas, inclusive os moradores das comunidades”, destaca o prefeito Bernardo Rossi.

Uma das funções de um agente comunitário de saúde é desenvolver atividades de prevenção através de ações educativas. Fora da época da pandemia, muitas dessas atividades aconteciam em grupo, mas nos últimos meses, foi preciso adaptar esse serviço.

Os agentes são orientados a realizar visita na região próxima ao domicílio, ou seja, eles vão até a área externa, em frente às casas, na medida do possível, com distanciamento de, pelo menos, 1,5 metro dos moradores, uso de equipamentos de proteção individual, evitando contato físico. A ideia, além de monitorar os pacientes, é identificar possíveis agravos e sinalizar para a equipe técnica do PSF do bairro, para executar os cuidados necessários”, explica a diretora de atenção básica, Giselle Nunes.

Uma das equipes que tem ido às ruas para levar informações aos moradores é a que atua na região do Amazonas, no Quitandinha. A agente comunitária de saúde, Ester Ribeiro, e a enfermeira Silvana Pereira, percorrem a comunidade para perguntar se algum morador apresentou sintomas e como está a condição de saúde deles. Elas também orientam sobre a forma correta de lavagem das mãos e uso do álcool em gel, a importância de evitar aglomerações, o uso da máscara caso precisem sair para a rua, os cuidados necessários com a limpeza no momento de retorno para casa (por exemplo, a higienização das embalagens do que foi comprado na rua), entre outros tópicos.

A população tem medo dessa doença, então os moradores nos recebem com receptividade quando fazemos as visitas. Nosso desafio é transformar essas informações, o que deve ser feito e o que não deve, em ação prática. É um trabalho de insistência, de estar sempre relembrando e orientando as pessoas”, ressalta Ester.

O trabalho dá resultado. Na Comunidade Pedras Brancas, na Mosela, a moradora Valéria Guimarães foi uma das pessoas que recebeu orientações das agentes comunitárias de saúde. Ela tem hipertensão e é acompanhada pelos profissionais do PSF local. Mesmo não recebendo as agentes dentro de casa, ela continua em contato com elas e conta o que aprendeu para se prevenir do coronavírus.

A agente está sempre passando por aqui, perguntando se precisa de alguma coisa, orientando sobre o álcool em gel, sobre a máscara. Eu sou hipertensa, faço parte do grupo de risco, e quando ela não pode vir aqui, ela liga perguntando se está tudo bem”, elogia a moradora.