Justiça nega pedido de retorno das aulas presenciais em setembro na cidade de SP
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Justiça nega pedido de retorno das aulas presenciais em setembro na cidade de SP Reprodução
Por O Dia
Petrópolis - Discutida em praticamente todos os estados, e motivo de preocupação para muitas famílias, a retomada das aulas presenciais em escolas e universidades das redes pública e privada de Petrópolis permanece indefinida em função da pandemia da covid-19. Ainda sem a descoberta de qualquer medicamento efetivo para o tratamento, ou vacina comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus, a prefeitura segue as orientações de especialistas em Saúde e não tem data prevista para o retorno dos estudantes às salas. As aulas estão suspensas desde o dia 17 de março. A medida é acertada, de acordo com o Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região (Sinpro). Pais de alunos entraram em contato com o Sindicato há alguns dias preocupados por terem recebido informações de que algumas escolas particulares queriam retomar as aulas presenciais a partir de agosto. A questão foi levada à prefeitura, Secretaria de Educação e Coordenadoria Regional Serrana III e comunicada ao Conselho Municipal de Educação e à Comissão de Educação da Câmara.
“Todos nos disseram que ainda não há qualquer indicação de retorno, o que foi um alívio, não apenas os professores, mas para muitos pais, que também nos procuraram manifestando muita preocupação por terem recebido essa informação. O entendimento do Sindicato é que, de fato, este ainda não é o momento para retorno às salas de aula” avalia o coordenador Geral do Sinpro, Frederico Luiz Marmo Fadim, lembrando que na rede particular os alunos estão tendo aulas remotas. “Somos contrários ao retorno às salas enquanto não houver a liberação pelas autoridades de saúde. Ainda não existe sequer um protocolo definido para que as escolas possam se adequar”, afirma.
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De acordo com a prefeitura, o retorno será deliberado exclusivamente pela Secretaria de Saúde, após considerar aspectos técnicos e sanitários que possibilitem a volta sem riscos à saúde da comunidade escolar. O município informou que a Secretaria de Educação montou um Grupo de Trabalho para discutir os protocolos necessários para o retorno das atividades nas redes de educação. O GT elaborou um documento que está em fase final de ajustes.
As aulas estão suspensas, mas o trabalho administrativo da Secretaria de Educação continua. O GT continua de forma democrática discutindo todos os desafios que estamos enfrentando devido à pandemia. Importante salientar que a Educação mantém a plataforma Educa em Casa que é atualizada semanalmente e que possui, além de conteúdo pedagógico, orientações para os pais, professores, gestores, dicas de leitura e projetos. Conteúdos interessantes e que têm esse objetivo de manter o vínculo com a escola nesse momento em que as crianças e jovens estão em casa”, destaca a secretária de Educação, Márcia Palma.
Segundo a prefeitura, as reuniões semanais tiveram a participação de integrantes do Conselho Municipal de Educação, Secretarias de Saúde e Assistência Social e Ministérios Públicos, além de representantes de diversas categorias: apoio, professores, educadores, diretores, orientadores, especialista em AEE – Atendimento Educacional Especializado e responsáveis por escolas particulares.
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O GT foi dividido em subgrupos: escalonamento de retorno, preparo dos espaços (CEIs e escolas), preparo dos funcionários, foco na aprendizagem e bem-estar e proteção. Todos os protocolos elaborados foram sintetizados e serão apresentados em uma assembleia – ainda sem data marcada - consta da nota enviada pelo município.
Atividades pedagógicas para alunos da rede pública
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Na rede pública o cenário é diferente. Com 41.600 alunos, a rede municipal vem oferecendo aos estudantes atividades pedagógicas. Em relação ao suporte pedagógico, a rede municipal de Educação lançou, em abril, a plataforma “Educa em Casa” que oferece conteúdos pedagógicos para os alunos da rede municipal – da educação infantil ao ensino médio. No caso dos alunos que não têm acesso à internet, ou encontram dificuldades em acessar a plataforma, as escolas entregam os materiais de forma impressa, levando em consideração todas as ações necessárias para garantir a segurança na prevenção ao coronavírus.
De acordo com a prefeitura, no último mês, a Secretaria de Educação também iniciou a entrega de conjuntos pedagógicos para os alunos da rede municipal. Foram comprados mais de 40 mil conjuntos, um para cada estudante da rede. São quatro tipos diferentes de conjuntos: educação infantil, ensino fundamental, anos iniciais, ensino fundamental anos finais e EJA – Educação de Jovens e Adultos, formados por materiais pedagógicos necessários de acordo com os anos de escolaridade. A prefeitura destaca que todo o material pedagógico foi comprado com recursos próprios, por meio de um processo de licitação criado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A compra ocorreu em 2019 e a entrega do material para a prefeitura foi feita este ano.
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A prefeitura lembra que em abril o programa Merenda Certa foi lançado, com o objetivo de garantir o reforço alimentar para os alunos da rede municipal de Educação. Cada aluno da rede recebeu um cartão com recarga mensal no valor de R$ 70 para a compra de alimentos. O investimento é proveniente de recursos próprios. Em abril, alunos dos Centros de Educação Infantil também receberam reforço alimentar através de alimentos não perecíveis.