
“Tudo o que diz respeito a falta ou excesso, não é bom. Por isso, o uso de aparelhos deve ser feito com moderação. Esse equilíbrio se faz anda mais necessário agora, que as crianças passam boa parte do dia em casa e não tem mais contato com a natureza e outras crianças”, diz a especialista, que também ressalta a importância desses hábitos para o bem-estar dos pequenos.
Longe das brincadeiras ao ar livre
A ausência dos colegas da escola tem influenciado o dia-a-dia da pequena Maria Luiza, de 6 anos de idade. Marcela Garrido relata que a filha sempre foi ansiosa, porém, esse problema foi potencializado devido ao isolamento. “Houve dias em que minha filha chorou muito e eu fui percebendo as mudanças de comportamento dela. O fato de não estar indo à escola e não poder brincar com os amiguinhos a deixam ansiosa e triste”, explica Marcela Garrido.
Consequências da Ansiedade Infantil
A ansiedade, combinada com a falta de práticas de brincadeiras e exercícios físicos, pode acarretar em outros problemas, como por exemplo, a obesidade infantil. A médica gastropediatra, Claire Tesch, orienta os pais a ficarem atentos ao comportamento das crianças.
“Observa-se, neste momento, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos e um aumento do consumo de alimentos pouco saudáveis. Esses fatores, somados com a diminuição de atividades físicas, contribuem para o sobrepeso e a obesidade das crianças. É um ciclo insalubre, que precisa ser resolvido”, alerta a especialista.
Monitoramento e diálogo com as crianças
Observar se existe mudança no comportamento é uma das maneiras de identificar a ansiedade infantil, segundo a psicóloga Rosana Yentas. Ela destaca algumas alterações que podem ser notadas. “Mudança de humor e perda de sono podem ser algumas manifestações da ansiedade, mas os pais e responsáveis precisam observar as crianças. Outro ponto importante é o diálogo constante, para saber o que está acontecendo”, pontua a especialista.
Ainda de acordo com Rosana Yentas, o quadro de ansiedade pode se agravar e até causar situações de pânico. Buscar profissionais, independente do grau do transtorno, é a melhor opção.