Funcionários da Cidade Real fazem paralisação na manhã desta terça-feira (12) - Reprodução
Funcionários da Cidade Real fazem paralisação na manhã desta terça-feira (12)Reprodução
Por O Dia
Petrópolis - Um grupo de colaboradores da empresa de ônibus Cidade Real paralisaram a garagem da empresa desde às 4h desta terça-feira (12) e os veículos não conseguiram iniciar a circulação, segundo informações da assessoria de imprensa da Setranspetro.
Em reunião realizada na segunda-feira (11), na sede da CPTrans, que contou com a presença de representantes da prefeitura, CPTrans, Câmara Municipal, Cidade Real, Setranspetro, Sindicato dos Rodoviários e colaboradores da própria empresa, ficou acordado que não haveria qualquer paralisação até que um novo acordo - que já está sendo desenvolvido entre o Sindicato dos Rodoviários e Setranspetro - fosse votado e concluído, mas o movimento parece ter motivação política, já que todos os colaboradores da empresa estão com salários e benefícios em dia.

A crise que afeta o Sistema de Transporte fez com que as empresas de ônibus, assim como qualquer outra empresa do Brasil, aderissem à Lei Federal que permitia redução de carga horária e suspensão de contratos de trabalho com parte dos valores pagos pelo governo.
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Com o fim do vigor da lei em 31 de dezembro de 2020, as empresas de ônibus estão buscando alternativas para mais uma vez evitar demissões em massa, a exemplo do que vem acontecendo em vários municípios do país em outros sistemas de ônibus.

Petrópolis, é um dos poucos municípios do país que está em dia com o décimo terceiro salário e férias, porque as empresas recorreram a empréstimos bancários. Em outras Regiões estes vencimentos dos rodoviários foram parcelados e serão pagos ao longo do primeiro semestre do ano.

Nota de Esclarecimento

Em nota, o Sindicato dos Rodoviários emitiu o seguinte comunicado:
Na manhã da última segunda-feira, dia 11 de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis, localizado à Rua Visconde de Souza Franco, 121- Centro – Petrópolis/ RJ, recebeu em sua sede cerca de 50 trabalhadores que fazem parte do corpo de profissionais da Viação Cidade Real/ Expresso Brasileiro Transportes, que vieram em busca de apoio diante do descumprimento, por parte da empresa, no processo de reintegração de aproximadamente 80 trabalhadores, sendo cerca de 25 motoristas e 65 cobradores, que deveriam ter retornado as atividades no último dia 04 de janeiro, visto acordo assinado em agosto de 2020.

Diante da chegada dos trabalhadores, o Sind. Rodoviários se mobilizou e caminhou até a Cptrans – Companhia Petropolitana de Transportes, onde foi realizada uma reunião emergencial em que estiveram presentes parte da diretoria e equipe do Sind. Rodoviários, o atual Presidente da Cptrans, Lucianao Moreira da Silva, o procurador do município Fábio Alves, e o Assessor Especial do Gabinete da Prefeitura Interina, Gustavo Soares, juntamente com o Diretor Executivo da Viação Cidade Real/ Expresso Brasileiro Transportes, Miguel Ângelo Viana e 04 trabalhadores, indicados pelo grupo de trabalhadores da empresa supramencionada.

Na reunião em questão ficou acordado verbalmente que os trabalhadores voltariam até a sede do Sind. Rodoviários com o intuito de realizar uma votação simples diante da proposta apresentada pela empresa, ou seja, manutenção de férias e parcelamento do pagamento das mesmas, em duas parcelas, o que não foi aceito pelos trabalhadores que participaram da reunião. Por fim, também ficou apalavrado que não haveria paralisação pelo menos até a sexta-feira, dia 15 de janeiro, data em que será realizada outra reunião de negociação entre o Sid. Rodoviários e a Viação Cidade Real/ Expresso Brasileiro Transportes para tratar das questões.

Por fim, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis reafirma seu papel de defender os direitos dos trabalhadores e ressalta a importância que haja negociação clara, objetiva e entre a empresa e o sindicato de forma a se que resguarde os direitos de todos os cidadãos, mas que também sejam observadas as questões legais para se fazer cumprir as próprias leis em vigência.