A abertura gradual, não interfere no regime de quarentena em vigor, devendo os cidadãos permanecerem em suas residências, e somente sair, para realizar tarefas ou funções de extrema e imediata necessidade - Divulgação
A abertura gradual, não interfere no regime de quarentena em vigor, devendo os cidadãos permanecerem em suas residências, e somente sair, para realizar tarefas ou funções de extrema e imediata necessidadeDivulgação
Por Ana Clara Menezes
Rio das Ostras - De acordo com o Decreto Municipal nº 2561/2020, os hotéis, motéis, hostels e pousadas podem voltar a atender hospedes em viagens de trabalho a partir desta segunda-feira (15). A capacidade máxima é de 40% das vagas disponíveis, respeitando todas as medidas de segurança e saúde da OMS.
O O Dia ouviu alguns gestores do segmento, que contaram como será essa nova fase de retomada comercial na cidade. A empresária Eliete Dibo, da Pousada Engenho do Sonho, disse que não acredita que terá procura.
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O gestor do Vilarejo Praia Hotel, João Neto, disse que, durante o período da quarentena, respeitaram todos os decretos estaduais e municipais. "Preferimos aguardar esse momento delicado passar e apoiar as medidas de isolamento social, então, não tivemos promoção do destino, optamos por enfatizar a prevenção do Covid-19. Mantivemos nossa estrutura operando com o básico necessário, como por exemplo, manutenção do jardim. Conseguimos manter toda a equipe empregada, porém, com redução de carga horária e salários, contando com o apoio do Governo Federal", contou.
Stella Carvalho, proprietária da Pousada Sonho Verde, disse que a expectativa é de atender somente pessoas que vierem ao município para compromissos profissionais, uma vez que praias, pontos turísticos, bares e restaurantes continuam fechados.
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“Creio que a taxa de ocupação seja muito baixa. Disponibilizamos álcool gel em todas as entradas, saídas e áreas comuns, todos os funcionários estarão com máscara e os EPIS indicados para suas áreas. Além disso, reduzimos mesas e cadeiras em 50% para manter o distanciamento no café da manhã. O café será servido individualmente e empratado. Intensificamos a higienização das áreas comuns e todas as superfícies de toque. Check-in e check-out também com distanciamento. Todos os hóspedes deverão usar máscaras nas áreas comuns”, contou Stella, informando que, o estabelecimento tem uma reserva de apenas uma diária, nos próximos dias, de um antigo cliente que virá à trabalho.
Stella ainda contou que, no período que a pousada esteve fechada, infelizmente, precisou demitir vários funcionários. “Ficamos apenas com o suficiente para atendimento de recepção em home office e manutenção. Também reduzimos a jornada de trabalho com inclusão no programa do Governo Federal. Mantivemos o mínimo de mídia social para interagir e manter nossos clientes informados”, ressaltou.
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Monique Mello, presidente da Associação das Pousadas e Hotéis de Rio das Ostras (Aphoro), disse que todos os estabelecimentos filiados à Aphoro estão alinhados para seguirem todos os protocolos de segurança exigidos pelas autoridades.

“Fechamos as portas, no início da pandemia, embora isso não tenha sido uma orientação correta para nossa categoria. Pois, a maioria dos municípios vizinhos continuaram abertos. O ideal que entendemos, era funcionarmos de forma reduzida, como agora liberado”, comentou.
Monique ainda disse que, os estabelecimentos corretos, com alvará e impostos em dia, obedeceram a ordem de fechar as portas, porém àqueles que agem na clandestinidade continuaram funcionando. “Os que não têm nada a perder viveram um momento de fartura nesses três meses, suprindo toda a demanda que os regulares não puderam receber. Como por exemplo, o caso dos médicos e profissionais da saúde que vieram à Rio das Ostras, somente para trabalhar. Esses precisaram optar por locais irregulares ou alugar casas. Foi a mesma coisa que aconteceu com o comércio, onde os comerciantes do Centro fecharam suas portas, mas nos bairros continuaram vendendo”, disse a presidente do Aphoro. Acrescentando que, todos os hotéis reabertos seguirão o Manual de Boas Práticas exigido pelo decreto municipal, mantendo as áreas de lazer fechadas, entre outras recomendações.
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O decreto vigorará pelo prazo de 15 (quinze) dias, podendo ser prorrogado ou revogado a qualquer tempo, diante do avanço da pandemia no Município. A abertura gradual, não interfere no regime de quarentena em vigor, devendo os cidadãos permanecerem em suas residências, e somente sair, para realizar tarefas ou funções de extrema e imediata necessidade.