Os professores Francisco, Anselmo e Ciro Marques, que leciona Práticas Agrícolas da Escola Carlos Maurício, com o equipamento doado pela UFRJDivulgação
Por O Dia
Publicado 15/01/2021 10:00
Rio das Ostras - Uma parceria entre a Escola Municipal Agrícola Carlos Maurício Franco, em Cantagalo, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já começou a gerar frutos. Um dos primeiros é a implantação de uma estação meteorológica na unidade de ensino, que fica na zona rural de Rio das Ostras.

Com essa estação será possível gerar dados meteorológicos em tempo real para todo o município, possibilitando que estes possam ficar disponíveis online. O diretor da Escola Agrícola, Felipe Almeida Viana, destacou a importância da parceria com a UFRJ, que foi intermediada por Cíntia Cruz, do escritório da Emater-Rio no Município.

“A UFRJ nos incluiu, em conjunto com outros parceiros, em uma proposta de ingresso no programa Green Recovery Challenge Fund Pact, do governo britânico. Esse programa visa atuar na redução da emissão de CO2 na atmosfera, principalmente na produção agrícola. A escola entraria com a capacitação e formação dos alunos, ampliando o conhecimento do clima e suas variáveis”, explicou Felipe.
Estação meteorológica já está funcionando, desde o dia 16 de dezembro de 2019, na Escola AgrícolaDivulgação


Atendendo a um convite do diretor, os professores Francisco Martins Teixeira, do curso de Farmácia, e Anselmo Pestana Ribeiro Costa, que leciona sobre Sistema de Informação em cursos de Engenharia, ambos atuando no Campus Macaé da UFRJ, visitaram a escola na última quarta-feira.

A visita tinha o objetivo de mostrar à equipe da UFRJ como o projeto que visa o ingresso no programa britânico está sendo desenvolvido na Escola Agrícola. Para a surpresa da comunidade escolar, a unidade foi presenteada com a estação meteorológica, estreitando a parceria de estudo e cooperação técnica com a universidade.

“Na Escola Agrícola de Rio das Ostras nos deparamos com um trabalho de excelência em termos de comprometimento e potencial inestimável de desenvolvimento de atividades, não só educacionais, mas sociais, econômicas e produtivas. A parceria que a escola cultiva com os produtores e a comunidade de seu entorno tem total consonância com o projeto Nexus Água, Energia e Alimentos, que é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)”, destacou o professor Francisco.

Segundo Teixeira, a equipe da UFRJ ficou impressionada com o potencial da escola em atender aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs). “Certamente, no momento que estivermos nossos alunos de graduação de volta às suas atividades normais, buscaremos possibilidades de intercâmbio e parcerias com a Escola Agrícola e a comunidade de alunos e colaboradores que atuam em seu espaço”, afirmou.

“A estação foi montada no mesmo dia da visita e já está gerando os dados meteorológicos. Comunicamos sobre a implantação ao secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Nestor Prado Júnior, e ao coordenador da Defesa Civil, Jorge Mazzo”, contou o diretor. De acordo com Felipe, a notícia foi recebida com entusiasmo pelos gestores, que destacaram a importância de ter mais um ponto de coleta de dados, ainda mais na zona rural, pertencente à bacia do rio Jundiá.
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