Por rafael.souza
Queli Barbosa%2C e o filho João Paulo%2C de apenas 9 anos Reprodução Facebook

Rio - A fiação que matou por descarga elétrica mãe e filho em Rio Bonito estava exposta na via pública por cerca de seis horas, segundo denuncias de parentes das vítimas. Vizinhos teriam ligado para a Ampla, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, no entanto, a empresa só chegou ao local para fazer o reparo, após a morte de Queli Barbosa, de 30 anos, e João Paulo, de 9.

Mãe e filho foram sepultados na tarde de sábado, em Rio Bonito. De acordo com familiares, a mulher, que era de São Gonçalo, vivia no município há mais de 15 anos. Horas antes de morrer, Queli havia buscado o filho na casa da avó. Segundo uma parente que não quis se identificar, após a chuva de sexta que atingiu Rio Bonito, um árvore derrubou um fio da Ampla.

Após pegar a criança na casa da avó, Queli voltava de bicicleta com o filho, quando passava pela Estrada Velha da Posse, no bairro Mangueira, foi atingida. Vendo a cena, João Pedro tentou socorrer a mãe e também acabou sendo eletrocutado. Ambos morreram na hora.

O incidente teria acontecido por volta das 17h. Ainda de acordo com a mulher, vários moradores ligaram para a empresa para resolver o problema. No entanto, o fio continuou solto até a mortes de mãe e filho. Por conta do problema, o bairro onde aconteceu o acidente ficou sem luz.

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A família alega que em nenhum momento, a Ampla teria entrado em contato para prestar algum tipo de assistência, contrariando o que foi divulgado em nota pela empresa. Segundo os parentes, um funcionário teria dito que "ele não poderia fazer nada (pela morte da mulher e do filho)" e que "era para os familiares entrarem em contato com a Ampla, se eles quisessem algum tipo de ajuda". A família estuda processar a concessionária. 

"Até agora não estamos acreditando na tragédia que aconteceu", contou uma familiar. Em e-mail enviado ao DIA às 19h25 deste domingo, a Ampla diz que recebeu reclamação de cabo partido na localidade apenas no final da noite de sexta-feira. A empresa acrescenta que, no local onde houve o acidente, apenas em fevereiro foram realizadas cerca de 90 podas para reduzir o contato da vegetação com a fiação elétrica.


Reportagem do estagiário Rafael Nascimento


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